C a p í t u l o • 39

78 31 0
                                    

New York City U.S.A.
18 / September • Sunday

— Ela tem permissão para dormir fora e você não? — Simon pergunta para o David.

— Deixa cara. — David fala para o amigo que está me olhando e nem disfarça.

— Simon dormiu aqui e eles ficaram falando merda a noite toda. — Valentina fala no pé do meu ouvido.

— É mesmo. — Minha voz soa desinteressada.

— Não gosto dele. — Ela fala baixo.

— Eu também. - Comento. Termino o almoço e levo o prato para a pia. — Tia quanto custou a lavanderia? — Pergunto a ela.

— Não precisa pagar querida. — Ela fala se levantando da mesa também.

— Eu tinha dito que pagaria. — A lembro.

— Custou 450 dólares. — Ela fala colocando o prato na pia também. — Só passa uma água, depois vou colocar na máquina de lavar. — Concordo com a cabeça. Meu celular vibrou no bolso.

— Tenho que atende. — Fala assim que vejo quem está ligando. — Moore. — Atendo a chamada subindo a escada.

— Encontramos mais dois corpos, e você devia ver isso. Vou enviar umas fotos agora. — Tiro o celular da orelha e abro o app. Paro de andar, estou no meio do corredor. As meninas mortas se parecem muito com a Valentina.

— Puta que pariu. — Xingo. — Tem alguma pista? — Pergunto fechando a porta atrás de mim.

— Nenhuma. Os corpos foram lavados, vestidos e descartados. — Harry fala e sua voz está triste. — O no parque segue o mesmo Modus Operante. — Ele explica.

— Qual é a causa do óbito? — Pergunto, me jogo na cama.

— Estrangulamento. — Meu corpo gelar.

— Merda. — Coloco a mão na cabeça. — Tinha uma marca na nuca? — Por favor, que não seja ele. Para Antonella, não tem como uma pessoa morta retornar.

— Não. — Graças a Dio.

— Então não é o Scott. — Penso comigo mesma. Mas não foi nele que eu pensei.

— Só queria avisa, sei que você ainda tem vários inimigos. Pode ser qualquer um deles. — Pode até ser.

— Quando descobrir alguma coisa me avisa, por favor. — Peço a ele.

— Pode deixa. — Ele fala encerrando a chamada.

— Droga. — Deixo o celular de lado, coloco a mão no rosto.

Por que isso está acontecendo? Quem é o doente que quer se vingar agora?

Parece que isso nunca vai ter fim nunca, que inferno.

— Nella ontem eu comprei uma camisa linda, você quer ver ela? — Cami entra no quarto feliz da vida perguntando. Ajeito minha expressão e tiro o braço de cima dos olhos.

— Claro. — Me sento na cama e a espero.

— Olha, não é linda? — É uma camisa rosinha clara com detalhes feitos a mão. É a cara da Cami.

— Muito linda, achei até fofa. — Falo sorrindo.

— O Matthew me convidou para um encontro. — Ela solta.

— Sério? Quando foi isso? — Ela não me falou nada antes.

— Foi quinta, parece que ele se entendeu com a mãe, mas o Jacob e a Mariana continuam dando trabalho. Ele se declarou pra quinta antes do toque de recolher e depois me convidou para um encontro. — Cami fala suspirando.

Antonella • Livro 1 | RETA FINALOnde histórias criam vida. Descubra agora