C a p í t u l o • 2

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New York City U.S.A.
30 / August • Tuesday
6 dias para começar as aulas.

Ainda dentro do prédio dou uma olhada nos vários papéis em minhas mãos, papéis esses que contém as regras da escola, que são muitas, os horários das aulas e uma lista de atividades extras.

Reviro os olhos. Eu já tenho várias atividades extras!

Perto das portas duplas de carvalho está uma menina de cabelos louros, rosto delicado, alta e bem arrumada. Ela está verificando o relógio de pulso e entortando a boca. Claramente está aborrecida.

— Oi, meu nome é Aurora, eu vou ser sua guia. — Ela diz assim que me aproximo das portas. Tem uma mão estendida na minha direção.

— Meu nome é Antonella. Prazer em conhecê-la. — Falo neutra e aperto sua mão com um sorriso frio.

— O prazer é todo meu. Onde estão suas irmãs? — Ela já nos conhece!

Separamos as mãos e começamos a sair do prédio. Meu celular começa a tocar chamando a atenção de alguns alunos e pais. Pego ele no bolso traseiro da calça.

— Minhas irmãs estão no dormitório. Tenho que atender.

Ela apenas acenou com a cabeça.

Dica.*

*Diga.

Só che non è um bon momento ma due detective privati sono stati assunti da una persona sconosciuta. Stanno indagando a fondo le morti di quell'alba.*Cazzo isso não é bom.

*Sei que não é uma boa hora, mas dois detetives particulares foram contratados por uma pessoa desconhecida. Eles estão investigando a fundo as mortes daquela madrugada.

Controllate tutti i cellulari della squadra e passate il messaggio alle altre squadre. Vedi se ci sono cimici. Mi chiamerà più tardi per spiegarmi la situazione.* — Noto uma mulher me olhando como se ela estivesse me vendo com dois chifres e uma calda.

*Verifique todos os celulares da equipe e passe esse recado para as outras equipes. Veja se eles estão grampeados. Ah, verifique computadores e notebooks. Mais tarde me ligarei explicando melhor a situação.

Caminho para perto de Aurora, quando escuto uma mulher dizendo para a filha não chegar perto de mim porque italianos não são pessoas confiáveis.

Mulher doida.

Andamos lado a lado, ela começa a falar sem parar sobre os prédios por onde passamos explicando quando foram construídos e o que eles são dentro do campus.

Eu estou fingindo estar prestando atenção, quando na verdade estou pensativa sobre esses detetives.

Eu não tinha outra escolha a não ser assassiná-los naquela madrugada. No dia seguinte teria uma reunião para decidir assuntos dentro da máfia.

Não teria outra oportunidade como aquela. Claro que alguém iria estranhar o assassinato de 13 pessoas importantes e bem influentes nos negócios.

Talvez alguém tenha sobrevivido.

Será?

Seja lá quem for, tem que parar de enfiar o nariz onde não foi chamado.

Antonella • Livro 1 | RETA FINALOnde histórias criam vida. Descubra agora