C a p í t u l o • 45

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New York City U.S.A
27 / October • Thursday

Pensei hoje seria mais um dia normal, a única exceção é a Aspen que está me fazendo querer prática todo de tortura que aprendi. Depois daquele dia que ela derrubou milkshake no balancete financeiro, agora ela pegou todo o meu material e jogou dentro da fonte de água que fica na frente do prédio de ciências.

Alguns alunos estão rindo da situação e estão gravando tudo, não posso agir porque a reunião está próxima, já na próxima semana e seria vergonhoso a presidente de uma multinacional se envolvendo em uma briga sem sentido.

— Você não vai fazer nada? — Aspen pergunta debochada está obviamente me provocando. Solto um dos meus melhores sorrisos de deboche e escárnio.

— Sai apenas livros, eu posso comprar novos. — Coloco as mãos nos bolsos do casaco. Ao longe vejo o Callaham se aproximando do seu lado está a coordenadora dos corredores.

— O que está acontecendo? — Callaham pergunta olhando para Aspen, porra a vítima aqui sou eu e nem assim ele me dar atenção devida.

— Bom eu... eu... — Aspen começa a chorar na frente de todos. — Ela me ameaçou e eu não tive outra alternativa a não ser me defender jogando as coisas dela na fonte. — A plateia olha para aquilo com pena, estão mesmo acreditando nesse teatro de meia tigela?

— Antonella vai para a sala da diretora agora. Até quando você continua perseguindo a senhorita Aspen. — Callaham fala irritado e a coordenadora está confirmando Aspen. Queria tanto ter uma arma agora e acertar a cabeça dessa menina.

— Eu não fiz nada disso. — Pelo menos tento me defender.

— Não adianta mentir agora, e vai para a sala da diretora. — Callaham me dispensar com gesto de mão.

Viro as costas para aquela situação bizarra, tiro meu celular do bolso quando estou bem longe deles. Olhei para trás, ninguém está atrás de mim. Disquei um número antigo, que uso apenas quando estou sem muitas opções de resolver algo.

— Ora, ora minha patroa está me ligando depois de tantos meses. — A voz masculina do outro lado fala com deboche.

— Preciso que faça um serviço pra mim. — Respondo respirando fundo, quero tanto agarrar aquele pescoço fino e quebrar ele em três partes.

— Estou esperando os detalhes. — Encerro a chamada, de noite envio os detalhes.

Ando pelos corredores do prédio principal pisando duro, não acredito que essa menina fez isso. Ele nem sequer acreditou em mim de novo. Envio mensagens para o meu contato, detalhes da Aspen e do que ele deve fazer com ela. Me aproximo da sala da diretora, comprimento sua secretária com um gesto de cabeça.

— Posso entrar? — Pergunto a ela.

— Sim, ela está disponível agora. — Escuto passos no corredor pelo qual acabei de passar. Bato na porta escutando autorização para entrar.

— O que aconteceu agora Antonella? — Essa mulher deve estar cansada de me ver aqui.

— A Aspen pegou meu material e jogou na fonte de água, quando os adultos chegaram ela fez um teatrinho então o professor Caleb mandou eu vim para cá. — Sentei pesadamente na cadeira posicionada na frente da sua mesa.

Callaham entrou dois minutos depois na sala, ele parecia bastante irritado.

— Ela já deve ter contado uma mentira sobre o ocorrido. A outra aluna disse que Antonella estava a ameaçando e decidiu jogar o material de Antonella na fonte de água para parar as ameaças. — Ele realmente acreditou nessa mentira. Passo a mão no rosto cansada de tudo isso. Meu celular começou a tocar.

Antonella • Livro 1 | RETA FINALOnde histórias criam vida. Descubra agora