• 2 •

859 66 49
                                    

Cecília escuta alguém pedindo por um psicólogo urgentemente e mesmo não sabendo do que se trata e como está a pessoa, ela vai até a moça que agradece a Deus por ela ter aparecido. Carla está no seu encalço, ela não pode deixá-la sozinha por nada desse mundo.

- O psicólogo que estava aqui teve que atender uma emergência... eu não soube o que fazer. - Ela diz desesperada.

- Crise de ansiedade? - Cecília pergunta, apenas para se preparar para a consulta.

- Aparentemente sim.

Enquanto elas andam pelos corredores, Cecília conversa com ela. Ao chegar no camarim, a moça é a primeira a abrir a porta. Cecília e Carla entra. Cecília vê quem se trata e logo corre para a ajudar, sem se importar com quem ele é. Henry, nesse exato momento é um paciente que está passando por algo horrível e ela tem que ajudar.

A

cada segundo que se passa, Henry é tomado por uma sensação horrível e difícil de se explicar. Ele lembra de coisas que sofreu na escola. Lembra dos apelidos horríveis que foi dado para ele. Lembra da pressão que ele sofria no seu último relacionamento e sem perceber, lágrimas silenciosas molhavam o seu rosto.

O mesmo sentia as pessoas agitadas. Ouvia coisas como: psicólogo e escutava Danielle chamando a sua atenção, mas não dava.

Henry não sabe quanto tempo passou assim, até que ele escuta uma outra voz chamando-o. O olhar dele encontra essa pessoa que está chamando-o de forma sutil e calma.

- Henry... Henry, se desconcentre de quaisquer pensamentos e olhe para mim.

Cecília soava calma e isso ajuda ele.

- Seja o que for, se concentre apenas na minha voz.

Ela complementa a sua fala e em seguida, tem toda a atenção dele para ela.

Cecília segura as mãos do mesmo que se encontram trêmulas.

- Uma das formas mais eficazes para passar uma crise de ansiedade, é usar a imaginação guiada... - Ele assente. - Por esse motivo, quero que se concentre apenas na minha voz e abra a sua imaginação, ok?

Ela recebe apenas um aceno como resposta.

- Vamos imaginar que, é um final de tarde lindo, você saiu da sua casa junto com o Kal e na frente, tem um parque...

Henry começa a imaginar cada detalhe com cores vivas.

- Um parque com um lago de águas cristalinas. - Cecília imagina cada coisa que ela mesma está propondo. - A partir dessa visão, vamos imaginar um pôr-do-sol com cores laranja, rosa, um pouquinho de azul, salmão e todas as outras cores que você quiser...

Ele sorri um pouco e ela fica feliz por ele estar melhorando.

- Um pouco afastado da sua visão, você vê algumas crianças brincando de esconde-esconde... uma menininha bem arteira, pede para você brincar com ela e você assente. Elas explicam as regras mesmo você sabendo-as, e resumindo, as crianças sempre achavam você...

Ele ri.

- Mas, na última rodada, você consegue se esconder muito bem e junto com um menino, são os últimos a serem encontrados. Como um bom Superman, você ajuda o menino a se esconder em um outro lugar, as crianças te encontram e com isso, aquele menino consegue ganhar a partida.

- Eu sou muito competitivo! - Ele exclama e faz a mesma rir.

- Tudo bem... - Cecília levanta as mãos em sinal de rendição. - Pode imaginar que você ganhou.

Where It All Began | Henry Cavill Onde histórias criam vida. Descubra agora