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Cecília toca a campanhia da casa de Henry, mas ninguém atende, ela continua tocando, até que escuta passos apressados até a direção da porta.

Ela pensou que não seria tão difícil fazer isso, quando viu Marianne sorrindo assim que a viu.

- Entre minha filha. - Marianne responde, ao perceber que Cecília ficou paralisada.

Ela cumprimenta Marianne com um abraço apertado.

- O Henry está?

Marianne fecha a porta da casa do filho, enquanto Kal vem direto ao encontro dela. Cecília se agacha e faz carinho na bola de pelos e conversa com ele ao mesmo tempo.

- Eu pensei que o Henry tinha falado para você na onde ia.

Cecília nega.

- Ele foi numa clínica de teste de DNA. - Marianne diz. - Ele não se sente muito confiante quanto a paternidade da criança que vai vir ao mundo.

- E vai demorar muito?

- Eu não sei. - Marianne é sincera. - Nunca foi preciso fazer um exame desses, então, eu não sei como é feito. Mas, vamos entrando, estou fazendo aquele bolo que você adora.

Cecília consegue sorrir e acompanha a sogra até a cozinha.

Elas conversam bastante, até que, Marianne toca em todo o assunto que ronda a vida dela e Cecília teve que desabafar. Falou que durante esses cinco dias que não conversou com ninguém, ela passou o tempo no quarto, pois, não podia sair para qualquer lugar que os paparazzis estavam fazendo morada e perguntas impertinentes.

- Eu não aguento mais. - Ela olha para Marianne. - Eu sei que isso é um combo por namorar uma pessoa famosa, e eu não estou reclamando, mas, a maneira como eu fui coloca na história toda é o que me fere.

Marianne segura nas mãos dela.

- Eu não sei como você aguentou tudo, como sempre ficou ao lado do Henry e entendo você. Tem uma hora que não aguentamos mais.

Cecília dá um meio sorriso.

- Eu fui pessoalmente e falei umas poucas e boas para a Natalie. Henry fez a mesma coisa durante esses cinco dias. Era impossível ele não ir lá e não sair brigado com ela. Ele está tentando.

- Eu sei que está tentando, mas eu não posso ficar no meio dos dois. Uma hora, vai ser prejudicial para o bebê, que não é culpado pela atitude dos adultos.

- Você está completamente certa.

Cecília ajuda ela com várias coisas na cozinha. Tudo isso para dispersar os seus pensamentos.
Em uma ida para o banheiro, ela acaba esbarrando com Henry e ao olhá-lo, ela repara no sorriso se orelha a orelha que ele deu.

- Meu amor, por que você não avisou que estava vindo? - Ele pergunta.

- Eu decidi de última hora. - Ela responde. - Eu preciso ir no banheiro, com licença.

Henry teve que assentir, mesmo quando, a vontade que ele teve era de abraçá-la e de enchê-la de beijos, porém, tinha que contê-la. Ele senta em um dos sofás da sala e espera Cecília voltar.

Cecília não demora muito, e depois de conversar com o irmão, ela tenta criar coragem para conversar com ele. Cecília senta no sofá oposto ao de Henry e ele fica sem entender.

- Por que não me atendeu?

- Eu precisava de tempo. - Ela responde. - Desculpa por ter feito isso, mas a minha cabeça estava cheia de coisas, aqueles comentários parecem pesadelos me perseguindo, os paparazzis. Enfim, não consegui nem trabalhar! - Ela exclama. Se tem uma coisa que ela estava sentindo falta de fazer nesses últimos dias - além de conversar com o seu namorado -, era trabalhar e atender os seus pacientes. Por incrível que pareça, aquele é o lugar que trás paz para ela. - Mas, eu decidi que precisamos conversar como adultos.

- Eu só tenho medo dessa conversa. - Henry diz. Ele estava prevendo nos últimos dias a possibilidade dela pedir um tempo para ele. Claro que ele não vai negar ou impedir, não cabe a ele decidir isso. Então, o que ela decidir, ele tem certeza que vai ser o melhor para os dois.

- Henry, eu vou ser muito clara com você. Eu não sou uma pessoa que faz joguinhos e que contornam muito para falar sobre um único assunto. - Henry assente. - Sua mãe me informou que você fez o teste de DNA para saber se a criança é realmente sua, e eu aprecio a sua decisão. Porém, eu não consigo mais ficar no meio de vocês dois. É uma criança que vai nascer e ela não precisa presenciar esse ambiente de estresse na gestação. E, eu não quero ser vista como a vilã na história que, de alguma forma está impedindo você de exercer a sua paternidade. Lembrando que isso sempre foi o seu sonho.

- Em nenhum momento você me impediu.

- Eu fico feliz por eu não ter sido um empecilho nesse assunto. - Ela responde. - Mas, eu preciso de um tempo para mim mesma. Eu conversei com a minha terapeuta e ela me disse que não seria saudável eu estar nesse mesmo ambiente. Vocês dois vivem brigando e, talvez, eu seja o tópico das principais brigas. Então, eu peço que você resolva esse assunto. Se o teste der que você não é o pai, eu não sei o que você vai fazer. Mas, se ser positivo e você ser o pai, tenta acompanhar a gravidez, não pelo bem da Natalie, mas sim, pelo da criança. Tenta criar pelo menos um ambiente melhor para essa criança. E, eu não vou estar por perto, então, eu tenho certeza que as coisas vão ser melhores.

Henry levanta, e começa a andar de um lado para o outro.

- Cecília...

- Não tenta me impedir, por favor. - Ela pede, já com lágrimas nos olhos. - Você não sabe o quão difícil está sendo para mim falar tudo isso. Eu amo você de verdade. Isso está muito difícil, mas o melhor agora é nos afastarmos até as coisas ficarem normais. - Ela também levanta e pega a sua bolsa que estava no sofá ao lado de Henry.

- A Natalie queria que eu terminasse com você. - Ele responde. - Assim ela pararia de publicar as notícias que ela tem guardada.

- Você não terminou comigo, mas pode dizer para ela que eu fiz isso por você. - Ela responde com um pesar. - Passar bem, Henry.

Ela vai em direção da porta.

Henry anda rapidamente até ela e a beija, a sorte é que Cecília retribuiu o beijo, pois senão, ele estaria satisfeito em receber um tapa nesse exato momento.

Eles se afastam e Cecília diz:

- Não torne as coisas mais difíceis.

- Escute o que eu irei te dizer: quando tudo isso terminar, eu vou te buscar no Brasil e dessa vez, não vai ser para continuar sendo a minha namorada e sim a minha futura esposa. - Ele responde.

- Henry...

- É sério Cecília. - Ele olha para ela. - Nada está sendo como eu planejei, mas, você ainda vai ser a minha esposa.

- Então, escute também o que irei te dizer: eu irei te esperar. - Ela sorri.

- Até qualquer dia desses. - Ele diz e dá um selinho rápido nos lábios dela.

- Tchau, Cavill.

Ela sai da casa dele e passa alguns minutos na porta respirando. Logo depois, o seu motorista buzinha e ela entra no carro, indo até o hall da empresa que o Renan está tendo uma reunião.

Where It All Began | Henry Cavill Onde histórias criam vida. Descubra agora