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No dia seguinte, o delegado colheu o depoimento de Cecília e deu andamento para o restante da papelada que faltava.

Ao passar dos dias, Cecília continuava enjoada. Matteo, Renan e Carla retornaram para o Brasil e apenas Antonella ficou em Londres, pois, Henry ainda tinha que resolver poucas coisas do trabalho e enquanto ele não estava em casa (isso durava pouquíssimas horas do seu dia), Antonella fazia companhia para Cecília.

O acidente de Cecília tinha percorrido por todas as redes sociais. Henry não estava aceitando nenhuma entrevista e sempre vinham paparazzis perguntando a respeito da sua noiva. Mas nenhum dos dois pensaram em se posicionar de alguma maneira na mídia. Cecília precisa de descanso, e não é o melhor momento de fazer isso.

Mais uma vez, Henry estava em uma das suas reuniões de trabalho e ao sair, foi atacado por paparazzis perguntando sobre Cecília e a única coisa que Henry diz é:

- Minha noiva está perfeitamente bem, ela está em casa, descansando. - Ele termina de dizer e vai até o carro de um dos seus seguranças. - Eles ainda vão me deixar louco. - Ele resmunga.

- Isso é o peso de ser famoso. - Um dos seus seguranças comenta.

- Eu daria tudo para ter uma vida anônima nesse exato momento. - Ele responde. - Séria infinitamente melhor para a Cecília e para o meu filho ou filha.

- E para você?

- Para mim também, mas é o meu trabalho.

Eles continuaram a conversar durante todo o percurso de volta para casa.

Assim que Henry chega, ele vai direto até o quarto e encontra Cecília passando mal. Rapidamente, ele vai até ela, segura os seus cabelos e passa as mãos nas suas costas.

- Desculpe por ver isso. - Ela olha para ele.

Henry fica ainda mais preocupado, pois Cecília estava mais pálida que o normal.

- Eu já lhe disse para não pedir desculpas.

- Cecí? - Antonella vai até o banheiro e fica na mesma preocupação de Henry.

- Eu trouxe o seu almoço, mas pelo visto, não vai conseguir comer nada por agora...

Cecília faz uma careta, pois começou a sentir o cheiro e automaticamente, seu estômago começou a embrulhar.

- Vamos ter que ir para o hospital. - Henry diz.

- Eu estou bem. São só uns enjoos.

- Meu amor, você não está comendo nada nesses últimos dias. Ou, quando come, passa mal logo em seguida e nem os remédios de enjoos estão ajudando. E você está pálida. - Ele comenta.

- Vão melhorar.

- Mesmo assim, é melhor ir. - Antonella diz e Cecília olha para a mãe. - Você está fraca e não adianta fazer essa cara.

Cecília estava querendo chorar.

- Vou te ajudar a tomar um banho para irmos, ok?

- E eu vou pegar os documentos. - Antonella comenta.

Cada um faz as suas funções e logo, Henry pega Cecília no colo, anda pelo corredor, desce as escadas e em seguida vai em direção ao seu carro, colocando-a em um dos bancos. Antonella foi no banco de trás. Henry foi para o banco do carona e em poucos minutos eles estavam no hospital.

Não era dia de consulta médica, mesmo assim, a médica de Cecília a atendeu, e a advertiu que, mesmo estando enjoada, ela tem que comer ou beber alguma coisa que seja forte. Os exames constaram uma anemia e ela teve que tomar soro na veia.

Henry estava do seu lado a todo momento. Enquanto Antonella tentava acalmar Matteo do outro lado do mundo.

- Já está acabando? - Ela pergunta.

- Falta um pouquinho. - Henry responde, enquanto faz carinho nos cabelos dela.

- Eu realmente estou dando trabalho para vocês dois.

Henry ri.

- Isso não é trabalho nenhum. Nem que eu precise vir todos os dias no hospital, para você tomar esse soro e recuperar a sua cor.

Cecília sorri.

- Você é incrível!

Henry beija os cabelos dela e Cecília permanece em silêncio.

Quando o soro acaba, ele informa uma das enfermeiras. Novamente, eles passam na sala da médica de Cecília e após isso, os dois vão embora para casa.

Após ter deixado Cecília no quarto, dormindo, ele vai até a cozinha e encontra Antonella.

- Eu fiquei igualzinha a ela, quando estava grávida de todos os meus três filhos. - Ela comenta. - Eu sei exatamente o que ela está passando. Não é nada fácil.

- Eu queria que eu estivesse passando por isso, para parar de vê-la passando mal toda vez. - Henry é sincero.

- Nem todos os homens pensam assim. Mas eu lhe garanto que você não iria querer sentir a dor do parto.

Henry faz uma careta.

- Eu não quero nem imaginar.

- Apenas se prepare. Vai ser a hora que ela mais precisará de você. - Antonella diz. - Eu irei fazer uma sopa, para ela tentar comer assim que acordar.

- E será que eu posso ajudar?

Antonella sorri.

- Mas é claro.

Where It All Began | Henry Cavill Onde histórias criam vida. Descubra agora