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Os dois jantaram com os pais de Cecília e, dessa vez, a mocinha dormiu na casa dos pais e Henry - junto com Kal. Eles se despediram, e logo, Cecília pediu para que ele avisasse quando chegasse em casa.

Ao retornar a sala de estar, ela olha para a cara do pai, que continua enciumado.

- Pelo visto, me trocou mesmo, né? - Ele começa o drama. - Antes, contava tudo que acontecia para mim, mas, primeiro o Henry que é avisado.

Cecília ri.

- Você sabe que isso não é verdade.

Cecília senta ao lado de Matteo e o abraça de lado.

- Eu só estou começando a criar a minha vida, isso não quer dizer que irei me esquecer de você. Pell contrário, você sempre estará comigo.

Matteo dá um beijo no cabelo dela.

- Eu sei. - Ele responde um pouco triste. - Você quer construir a sua própria família, mas um pai, nunca pensa nessas coisas, até a sua filha aparecer com um namorado, que vira um noivo e logo vai ter que sair de casa. - Ele se explica. - Tem filhas que namoram pessoas do mesmo país, mas a minha é diferente e quer a cidadania Londrina.

- Pai. - Ela o repreende.

- Eu sei que você quer.

- Não. - Ela responde. - Mas lá está todo o trabalho dele e eu posso encontrar emprego em um dos hospitais.

- Ou construir a seu próprio consultório... - Ele começa a dar ideia. - Você não acha que está pronta pra isso?

Cecília andava pensando nessa ideia. Porém, ninguém além da família de Henry conhece-a. Seria difícil encontrar possíveis pacientes.

- E, você vai aparecer em uma série de saúde mental. Depois que as pessoas verem o seu profissionalismo, elas vão querer você como a psicóloga dela. - Seu pai termina de dizer. - Porque, se você não fosse a minha filha, ou, não tivesse essa regra de não atender pessoas da família, você seria a minha psicóloga.

Cecília sorri.

- Obrigada.

- Qualquer coisa me avisa e eu te ajudo no que quiser. Iremos montar o melhor consultório de psicologia. - Ele responde um pouco mais animado do que Cecília.

Matteo sai do recinto e Cecília começa a pensar no que ele disse. Realmente, seria ótimo ter o seu próprio escritório, mas ela acha que sentiria falta de trabalhar no hospital, em meio aos médicos e a outras pessoas de diferentes profissões. Por isso, ela tem que pensar direito antes de tomar qualquer decisão precipitada.

Sua mãe entra na sala e encontra Cecília pensativa, então pergunta:

- Posso saber no que está pensando tanto?

- Papai, me contou sobre eu abrir o meu próprio consultório de psicologia.

- Seria maravilhoso filha, mas esse é o seu sonho?

- A senhora sabe que eu amo estar em um hospital, lidando com outras pessoas, os meus pacientes e com várias pessoas de diferentes profissões, mas eu queria ajudar as pessoas de alguma forma.

Antonella pensa um pouco, de início, ela iria sugerir a ideia da filha ser mais ativa nas redes sociais, ou, até mesmo, abrir o seu próprio perfil e falar sobre saúde mental, mas ela sabe que Cecília não aceitaria isso.

- Escrever um livro. - Antonella responde. - Você amava escrever quando era criança. Tem uma série que vai ser lançada e, escrever um livro ajudando as pessoas a lidar com os próprios problemas seria ótimo.

Ela senta ao lado dela e espera Cecília respondê-la.

- É uma ideia tentadora.

- Então, começa a escrever, depois resolvemos qual editora irá publicá-lo. - Antonella comenta.

- Vocês tem tudo na palma da mão. - Ela responde.

- São contatos, filha. Em um mundo dos negócios isso é normal.

- Eu sei disso.

- Mas antes, você tem que me contar sobre o convite e o que vai vestir na inauguração da série que você está presente.

Cecília estava esperando que a mãe comentasse isso, então, mostrou todos os vestidos, ou possíveis estilistas que as duas poderiam contatar. É um evento pequeno, mas que vai ter algumas celebridades para apreciar e elas querem estar vestidas à altura.

Cecília passou um bom tempo conversando com a sua mãe. Henry mandou mensagem avisando que ele e Kal chegaram em casa, e, depois das duas decidiram a estilista, Cecília foi se aprontar para dormir e a conversar com Henry.

Durante todo o jantar, eles não foram perguntados sobre o casamento. O que foi um alívio para os dois. Cecília nunca imaginou que organizar um, seria tão cansativo, ainda mais com Henry dizendo que ela pode fazer tudo do jeito dela, e que, a única coisa que importa, é eles saindo casados e direto para a Lua de Mel. Cecília não gostou muito do comentário, pois, espera que o mocinho a ajudasse cada vez mais, porém, Henry se esforça e opina em cada coisa que ela pergunta, mesmo Cecília tomando a decisão final.

O evento da série, será no próximo mês, e tanto a família dela, como os dois, decidiram que eles irão viajar uma semana antes.

- Decidiram o vestido? - Henry pergunta, afinal, ele sabe que, a sua sogra, a sua noiva e a sua cunhada, vão fazer isso em todo o tempo livre que restar.

- Mais ou menos. Temos que conversar com a Carla para tomarmos uma decisão final.

- Podemos ver alguns estilistas em Londres, ou irmos para Paris escolher o seu. - Henry sugere.

Cecília cemicerra os olhos.

- Para quê tudo isso?

- Podemos passar em várias lojas de grife e comprar as coisas da última moda. - Henry comenta. - Estou um pouco ligado nessas coisas.

- Você está querendo alguma coisa.

Henry nega.

- Nada disso. Eu só quero entender o que você gosta tanto.

- E entendeu?

- É legal. - Ele responde. - Vou te levar para algum.

- Pode me levar para o do Zuhair Murad. - Ela comenta.

- Nem sei quem é esse.

- Amanhã iremos assistir algum desfile dele.

- Ah, quer dizer que amanhã você vai vir aqui?

- Depois do trabalho, sim. - Ela o responde.

- Eu irei te buscar.

- Eu sei disso. - Ela diz, convencida e Henry sorri.

- Esse é o meu passatempo favorito.

- Mais do que jogar?

- Mais do que jogar. - Ele responde.

Os dois ainda conversaram por bastante tempo. Mas, como estava tarde, Cecília se despediu, desligou a ligação e dormiu, pois ainda tem que trabalhar no dia seguinte.

Where It All Began | Henry Cavill Onde histórias criam vida. Descubra agora