Cap 1

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Pov. Tom

Eu amo dia de folga, apesar de ficar na cama pensando na morte da bezerra eu consigo concluir muitas coisas na minha cabeça que durante dias de trabalho eu não consigo.

Hoje é o rotineiro domingo, dia que fico na cama até o horário do almoço pensando na vida, como sempre recebo ligação de alguém na casa dos meus pais me lembrando do almoço em família, após o almoço jogo um pouco de vídeo game com meus três irmãos Sam, Harry e Paddy e termino a noite em casa pois no outro dia tem gravação.

Esqueci de comentar que quando não tenho gravação no dia seguinte, gosto de me reunir com os meus amigos de infância em um pub aqui perto de casa.

Não posso esquecer de mencionar também a minha "não" vida amorosa, tive alguns namoricos aqui na cidade e que acabou não dando em nada como podem ver, já me interessei por algumas atrizes a qual eu trabalhei mas logo penso que não vai dar em nada e ainda poderia atrapalhar o desenvolvimento no trabalho.

Mas isso não quer dizer que não quero um amor agora, se aparecer estamos aí.

Posso parecer meio bobo, mas tenho sonhos bem clichês e lembrando que sou um jovem criado a moda britânica, gosto do tradicional, do olho no olho, de passeios, jantares românticos e com certeza no primeiro encontro eu já penso no casamento. Falando assim parece que já vivi tudo isso né ? Pois é, ainda não, mas como eu disse anteriormente, eu sonho em viver. Meus pais são casados há 32 anos, construíram sua família com 19 anos, possuem quatro filhos sendo eu, os gêmeos Harry e Sam de 22 anos e Paddy de 15 anos, eu amo o casamento deles e a maneira como um incentiva o outro a viver, amo a forma como eles se cuidam e sim estou suspirando pensando na história dos meus pais.

Pov. Zendaya

Hoje me mudo para Londres, a produtora a qual eu trabalho me ofereceu uma vaga lá e eu estou indo sem olhar para trás, eu tenho 25 anos e se eu contar como foi a minha vida nos últimos três anos vão imaginar que sou uma pessoa de 60 anos e casada há 40 anos. Minha vida nunca foi 100% fácil, vivi em uma família extremamente unida, meus pais se divorciaram eu tinha 17 anos, quando eu nasci meu pai já tinha quatro filhos do casamento anterior e sendo três desses já casados e com filhos, logo eu já nasci sendo tia, cresci com a minha sobrinha que é um ano mais velha que eu sendo a minha melhor amiga, já peguei alguns desentendimentos dos meus pais mas nunca levei tão a sério por que sempre preferi enxergar um casamento perfeito, meu pai tem um espírito aventureiro, sonhava sempre em me ver no topo dominando o mundo, viajando o mundo e ele comigo, isso fazia rolar alguns desentendimentos dele com a minha mãe, ela sempre foi muito pé no chão, a admiro demais, ela trabalha com possibilidades e as transforma em coisas sólidas, sempre acreditou que o importante era eu ser feliz. Meu pai acredita que a minha felicidade vem seguida de um luxo, ele me ama incondicionalmente e acha que eu merecia uma vida mais luxuosa do que a que eu levo, já que eu vivo com atores que vivem no topo e a consequência disso foi os piores três anos da minha vida.

Não vou culpar o meu pai por algo que foi escolha minha, mas tive bastante incentivo dele.

Conheci um ator chamado Jacob Elordi, eu fui uma das produtoras de uma série que ele fazia na época, me apaixonei perdidamente por ele, sempre muito cavaleiro e me fazia acreditar em todos os clichês possíveis, vive o céu durante exatos 7 meses de relação, ele era o príncipe que eu nunca imaginei encontrar.

Pois bem, comecei a perceber ele se engraçando com atrizes do set, ele flertando com diretoras e toda vez que eu comentava o quanto aquilo me incomodava ele usava a seguinte frase, "Calma baby, é só uma brincadeira". Minha vida começou a desandar daí, eram brigas, traições por parte dele que eu tinha certeza e ele só sabia virar o jogo e colocar a culpa em mim, no meu tempo de trabalho, dizia que eu estava lendo roteiros demais e criando teorias na minha cabeça, eu não conseguia sair do relacionamento pois sempre me sentia culpada e achava que se desse mais uma chance iria dar certo. Passei 3 anos vivendo um grande inferno com o Jacob, até que decidi dar um ponto final, não foi fácil pois meu pai o adorava e não sabia de quase nada disso, minha mãe não gostava e nem desgostava, mas estava sempre querendo saber como eu estava me sentindo em relação a tudo.

Eu tenho um apartamento que está basicamente abandonado já que após toda essa situação eu resolvi passar um tempo na casa da minha mãe para me recompor.

Não tenho me sentido bem há semanas e é justamente por isso que decidi aceitar a vaga e mudar de país, não acredito muito mais no amor no sentido de que alguém precisa viver ele, eu não consigo nem pensar em ter alguém me dizendo "amo você" outra vez, eu aprendi que você pode dizer eu te amo até para a planta e mata-la apenas esquecendo de dar água a ela.

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