Presas ao amor

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Mexi meu corpo no ritmo da música e senti alguém se aproximar. Um homem, não acredito. Empurrei e continuei dançando mas mostrando que de fato era homem ele insistiu.

Por quê tão escrotos?

— Cara, vaza daqui. — Ele me encarou e eu saí da pista voltando pra o balcão onde Zoe estava sentada.

— Homem é uma coisa insuportável de se conviver. — Ela riu.

— Você e suas revoltas contra a comunidade masculina.

— Não tenho paciência. — Observei de longe uma menina que não parava de me olhar.

— Mas pra ali eu tenho e muita. — Levantei e fui até ela.

— Oi, tudo bem? Billie. — Ela sorriu.

— Ashley, prazer.

— O prazer é todo meu, linda.

— Quer uma bebida? — Olhei pra o copo depois pra ela.

Prometi que não beberia nunca mais na minha vida, eu fico insuportável. Mas é melhor se arrepender do que passar vontade.

Peguei o copo da sua mão e virei.

— Vem dançar comigo.

(...)

— Você é um refrigerante? — Sorri boba — Porque 'soda' você no meu coração. — Passei a mão no seu cabelo e Ash riu.

— Billie, você bêbada é uma graça. 

— Você é costureira? — Ela negou bebendo um pequeno gole da bebida em sua taça — Porque você acertou as medidas pra caber dentro do meu coração. — ela gargalhou.

— Boba. — Bateu no meu peito e eu passei a mão no seu rosto.

Selei nossos lábios, o que eu ansiava desde o início dessa noite mas tenho certeza que amanhã não vou lembrar de absolutamente nada. Ela passou a mão por minha nuca, arranhando com as unhas pequenas.

Segurei na sua cintura e aprofundamos o beijo deixando cada vez mais ousado.

— Você quer ir pra um lugar mais privado? — Assenti e ela puxou minha mão me guiando pra algum lugar.

(...)

Abri os olhos sentindo uma dor de cabeça e uma vontade de vomitar até às tripas. Coloquei a mão nos olhos e sentei na cama observando onde estava.

Ok, um quarto.

Minha cabeça ainda girava um pouco e o que eu bebi ainda fazia efeito sobre mim. Olhei pra o lado e não tinha ninguém ao meu lado, mostrando que com quem eu fiz qualquer merda não é alguém de se confiar.

Puta como é que me deixa aqui? Porra, nem pra me acordar? Só posso ter sido muito mal na cama e feito ela fingir orgasmo. Pensava isso enquanto tentava não pisar em copos e latas jogados no chão. Tinha gente ainda conversando nos cantos e quando olhei pra porta estava amanhecendo.

Devia ser quase cinco da manhã pelo jeito. A capeta da Zoe foi embora e levou meu celular junto. Tenho certeza que ela saiu com alguma mulher, bixa traíra.

Sai na porta abraçando meus próprios braços pelo frio de início de manhã que estava instalado no ar. Não tenho celular, não tenho ninguém conhecido, me fudi.

Vou ter que ir de novo a pé pra casa.

— Próxima vez que você beber eu te encho de murro, tô avisando! — Me dei um tapa na cabeça. Sorte que não tinha ninguém na rua por ser um dia de domingo e a esse horário a maioria das pessoas estarem dormindo.

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⏰ Última atualização: May 08 ⏰

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