Oneshots||Billie Eilish

Presas ao amor(2)

MariePOV

— Calma, eu vou te soltar. — Billie falou próximo a mim enquanto segurava o banco da bicicleta.

— Não solta isso, eu vou cair no chão.

— Não vai, é fácil. Não coloca peso em nenhum dos lados e relaxa. — Beijou minha bochecha.

— Se eu cair eu como seu cu com farofa e vinagrete. — Billie riu.

— Achei abusivo.

— Coloca o pé no pedal, morena. — Coloquei — Não olha pra baixo, olha pra frente... E pedala. — Comecei a pedalar e ela correu junto com a bicicleta.

Eu juro que morreria se caísse aqui e todas as crianças daqui me vessem passar vergonha sendo uma velha.

Ela me soltou e eu quase gritei.

— Olha pra frente e não bota peso de um lado só! — Eu continuei pedalando olhando pra frente.

— Consegui! — Gritei e Billie assobiou — Eu consegui!

O guidon virou um pouco mas eu logo consegui controlar ele e não deixar que eu perdesse a direção. Respirei fundo e pelo menos isso eu aprendi.

— Olha esse muro aí! — Billie gritou e só aí eu fui ver um murinho pequeno de pedras que tinha — Puxa o freio, linda, puxa... — Ouvi Billie correr.

— Eu não consigo parar!

Senti o baque do pneu no muro.

(...)

— Tá doendo, amor. — Choraminguei.

— Cara, você não sabe puxar o freio? — Disse passando o algodão com remédio no meu machucado. Sentei no colchão.

— Eu fiquei nervosa, não fala assim!

— Sua queda... — Ela riu e eu bati na sua cabeça.

— Para de rir de mim, cabelo de guache. — Deitei novamente.

— Perai, vou colocar o Band aid. — Pegou da caixinha de isopor um Band aid e colocou no meu joelho, no meu braço e no meu calcanhar.

— Pronto. — Deitou em cima de mim e beijou meu rosto.

Três meses atrás...

— O quê a gente vai ser daqui pra frente? — Perguntei a Billie.

— Nada, não foi você que disse que iria esquecer até meu nome?

— É... Sim. — Continuamos andando.

— Tchau. — Fui beijar sua bochecha e errei um pouco o lugar ficando sem graça.

Fui pra casa já sabendo que minha família iria estar em um surto. Bati na porta e meu pai que abriu, quando ele me viu ele me abraçou forte.

— Onde você tava, filha? Eu quase morri. — Ouvia ele fungar e chorar.

— Eu... Me perdi.