Inocência

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Meus pais se preparavam pra ir a casa de uma amiga deles de adolescência que segundo eles ela foi muito importante pra o casamento dos dois e blá blá blá.

Eu tive que ir a força porque eles queriam me mostrar e ela pediu que me levasse pra me ver porque só me viu pequenininha e sabe lá mais o que. Essas coisas de adulto que vai ficando velho e perdendo a noção de vergonha. Por quê quando você é adulto você só fala de filho, cara? Tanta coisa pra falar sei lá, última trepada que eles deram ou até marcar um surubão, sei lá. Cada coisa interessante.

— Bom, vamos? — Minha mãe perguntou dentro do carro.

— Acho melhor não. — Eles me ignoravam e deram partida.

No caminho eu fiquei entediada e pra piorar ainda jogaram uma música horrível do tempo do cuspe e começaram a relembrar das festas que eles iam. O bom é que eles não conseguem relembrar a geração deles sem falar mal da minha. São totalmente obcecados por a minha geração. Já começaram a dizer que agora não é mais como antes e que agora não é bom porque só tem drogas e briga... Essa não é a parte boa? Drogas e entreterimento?

Chegamos até a casa da tal amiga deles que era uma mansão e tanto em? Uau, vou colar nessa coroa. Sai do carro e eles tocaram a campanhinha e a porta logo foi aberta por uma mulher nova até.

— Meu Deus, Maggie e Patrick! Quanto tempo... — Abraçou eles e eu cruzei meus braços.

E papo vai papo vem a atenção mirou em mim e eu odeio ser o centro das atenções. É um saco!

— Eu não acredito que você já está desse tamanho, Billie. Eu te peguei no colo garota, você desse tamanhinho com os cabelos que pareciam de ouro de tão loiros. — Sorri.

— Tá uma mocinha já em? Uma moça muito linda. — Agradeci e até que enfim a gente entrou.

Se por fora era bonito por dentro era um luxo. Gente, amiga rica eu também quero. Prestei atenção em cada canto enquanto eles conversavam e ela parou.

— E a Helena? Como está? Eu também vi ela pequenininha assim, do tamanho da Billie.

— Ah sim a Helena... — Ela sorriu e nos olhou — Vocês sabem como ela é, muito tímida desde pequena e agora então, ficou tão tímida que até eu peço pra que ela saia e vá se divertir mas ela não quer, só fica dentro do quarto mas né? Eu entendo, cada um tem seu jeito de aproveitar a adolescência e se o dela é assim eu respeito.

— A Helena sempre foi calada já essa daqui ó, sempre foi desbocada. Queria eu que ela fosse igual a Helena porque a Billie sai e volta a hora que quer. — Revirei os olhos descretamente.

— Mas é bom aproveitar, muito bom mesmo. Tem que deixar eles serem livres.

Conversaram de novo e eu já tô cansada de ficar em pé.

— Bom, deixa eu chamar minha pequena. Helena! Filha, desça aqui em baixo pra falar com os amigos que a mamãe te falou meu amor. — Ouvimos passos por o corredor e quando apareceu na escada até fiquei de queixo caído com a menina que descia.

Opa que parece que não é só a coroa que vai me interessar nessa casa.

— Meu amor, esses são os amigos que eu falei a você. Patrick e Maggie, meus amigos de adolescência quando eu tinha a sua idade. — Meus pais sorriram pra ela e lhe abraçaram.

— Tá enorme e tá muito linda. Eu me lembro dela e da Billie no colo ainda.

— Ah, e óbvio, essa é a Billie filha deles dois. — Ela me olhou e eu lhe encarei de cima a baixo dando preferência em prestar atenção nas suas pernas. Eita glória!

Oneshots||Billie Eilish  Onde histórias criam vida. Descubra agora