Capítulo 44 - Hermione

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Você quer que eu tenha sentimentos por você?

A pergunta ecoa na minha cabeça. Deus... se eu estivesse sendo completamente, absolutamente honesta comigo mesma, a resposta seria sim. Eu não posso mentir para mim mesma.

Oh Deus, o que isso significa para nós? Não podemos ficar juntos. Simplesmente... não é possível.

Não, não, atenção. Prestar atenção.

Madame Pomfrey está falando muito rápido e teimosamente sobre algo. O quê? Certo, ela não quer que eu leve Ginny embora. Sim, eu sei que Ginny está fraca.

"Malfoy é rico, então ele tem muitos suprimentos", eu digo interrompendo-a. "Eu poderei cuidar dela do lugar dele."

"Bobagem. Com uma lesão interna como essa, a aparatação acompanhada pode ser fatal, se você a estripar."

"Eu não vou machucá-la", eu digo.

"Madame Pomfrey," Blaise diz, "vai ficar tudo bem. Hermione é realmente sólida em aparatação. E você vai precisar de tanto espaço quanto puder nesta casa, então ter uma pessoa a menos é uma coisa boa. McGonagall entenderia."

A enfermeira olha para nós, carrancuda, mas acena com a cabeça. "Muito bem, então."

Ela sai apressada para voltar ao trabalho. Vejo Charlie e a Sra. Weasley parados a várias camas de distância, olhando para Fred. Presumo que os meninos explicaram para onde estão indo e para onde irei levar Ginny.

"Tem certeza que não quer que eu a leve? Eu poderia levá-la para encontrar Draco", Blaise me disse.

"Eu vou ficar bem. Já resolvemos isso. Basta aparecer na cabana dele, e ele saberá que pode vir me encontrar", eu digo. "Continue."

Ele sorri. "Cuide-se, Hermione. Vejo você em alguns minutos."

"Tchau, Blaise."

Ele desaparata.

Eu dou outra olhada ao redor da sala agora lotada. Muitos rostos familiares chegaram, mas a maioria deles está muito ocupada tentando cuidar de amigos ou familiares feridos para notar minha aparência. Tenho certeza de que se Harry aparecesse, eles estariam em cima dele, no entanto. Provavelmente foi uma boa coisa eu ter vindo, então. Duvido que Harry fosse capaz de sair daqui.

Eu agarro o braço de Ginny com força e desaparato, focando no meu destino.

Um momento depois, meus pés atingem chão sólido e Ginny passa por mim. Eu levito seu corpo e me aproximo da casa. Então há um estalo atrás de mim, e me viro com a varinha apontada para a origem do som.

Graças a Deus, é Draco.

Minha boca se abre, mas de repente, estou sem palavras novamente. Ele tem uma expressão que não é muito familiar para mim. Parece que ele quer me devorar. Eu instintivamente dou um passo para trás e ele dá um passo para frente, como se estivesse perseguindo sua presa.

Então ele sorri, e estou quase querendo acreditar que imaginei o que acabou de acontecer entre nós.

"Você a trouxe", diz ele se aproximando e se abaixando para pegar a mão dela.

Eu concordo. "Draco, antes de voltarmos... realmente deveríamos conversar sobre o que acabou de acontecer."

Ele faz uma careta. "Não acho que seja uma ideia tão boa."

"Por que não?", tento imitar seu sorriso malicioso. "Você está com medo dessa vez, Draco?", eu pergunto lembrando nós dois de nossa aposta. Parece que foi há muito tempo.

Turncoat - TRADUÇÃOOnde histórias criam vida. Descubra agora