𝚀𝚄𝙰𝙻 𝙴́ 𝙰 𝙴𝚇𝙿𝙻𝙸𝙲𝙰𝙲̧𝙰̃𝙾?

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ღ꧁ღ╭⊱ꕥ Tirando as partes em que pensei que viraria panqueca no asfalto, achei até divertido! Porém, mantive essa opinião para mim mesma; não queria encorajar sua imprudência

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ღ꧁ღ╭⊱ꕥ Tirando as partes em que pensei que viraria panqueca no asfalto, achei até divertido! Porém, mantive essa opinião para mim mesma; não queria encorajar sua imprudência. Pilotar uma moto em Gramado era uma coisa, mas em São Paulo era uma história completamente diferente. Ainda assim, tenho que admitir que chegamos em casa rapidamente. Meu apartamento ficava próximo à redação e, comparado aos apartamentos atuais, era surpreendentemente espaçoso. Meu pai o comprou logo após se casar com minha mãe. Ele cogitou vendê-lo após a morte dela, mas eu impedi; não queria que ele se desfizesse da única lembrança tangível que tínhamos dela.

Queria que Nina, de alguma forma, a conhecesse, talvez através das paredes texturizadas que pintamos juntas, ou do meu antigo quarto, onde desenhamos borboletas roxas, ou das estrelas no teto, logo abaixo da cama. Quando cresci, cedi esse quarto para Nina, como uma forma dela conhecer nossa mãe.

Ao entrar no apartamento, vi Nina deitada no sofá, assistindo desenhos animados. Assim que nos avistou, um sorriso enorme se abriu em seu rosto, e ela pulou do sofá. Aproximou-se de nós timidamente e lançou um olhar para Rodrigo, antes de fazer algo que eu nunca esperaria.

Ela correu para os braços dele, abraçando-o com força. Confesso que fiquei surpresa com sua reação. Nina era uma criança muito reservada, não tinha muitos amigos e raramente demonstrava tanto afeto, a menos que fosse com familiares ou amigos muito próximos.

― Oi, gatinha! Que abraço gostoso! Você deve ser a Nina, estou certo? ― Rodrigo disse gentilmente.

― Sim! ― ela respondeu, sorrindo.

― Nina, este é o Rodrigo.

― Eu sei! Te vi no meu sonho! ― ela respondeu alegremente.

― No seu sonho? ― perguntamos ao mesmo tempo.

― Sim. ― ela respondeu simplesmente. ― Você está cheirando a café! ― Ela riu, esfregando o nariz.

― Bom, sobre isso, você deveria agradecer à sua irmã. Ela costuma me atropelar com certa frequência.

― Eu? ― Disse, erguendo as sobrancelhas.

― Ela costuma fazer isso mesmo. ― Nina confirmou, rindo.

― É verdade, parece que estou em desvantagem aqui! E você, não vai nem me dar um beijo?

― Claro! ― Ela me deu um beijo e cochichou no meu ouvido que queria mostrar seu quarto para o Rodrigo.

― Ele não quer ver!

― O que eu não quero ver? ― Suas sobrancelhas se ergueram.

― A Nina quer te mostrar o quarto dela.

― Sério? Mas é claro, eu adoraria conhecer! ― Respondeu, se aproximando dela e oferecendo o braço para que o guiasse.

Nina abriu um sorriso de orelha a orelha, puxando-o em direção ao quarto.

𝙰𝙺𝙰𝙸 𝙸𝚃𝙾 - 𝙵𝚒𝚘 𝚟𝚎𝚛𝚖𝚎𝚕𝚑𝚘 𝚍𝚘 𝚍𝚎𝚜𝚝𝚒𝚗𝚘Onde histórias criam vida. Descubra agora