𝙼𝙴𝙳𝙾𝚂 - 𝙳𝙸𝙰𝚂 𝙰𝚃𝚄𝙰𝙸𝚂

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ღ꧁ღ╭⊱ꕥ ― Como você está? ― perguntou Carol, acomodando-se na cadeira à minha frente

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ღ꧁ღ╭⊱ꕥ ― Como você está? ― perguntou Carol, acomodando-se na cadeira à minha frente. Ela havia recebido minha ligação onde contei tudo sobre o que aconteceu em Poços. Tia Vera, por sua vez, foi extremamente compreensiva ao me ver na redação pela manhã, optando por não me fazer perguntas.

― Estou bem, na verdade, estou ótima ― respondi, tentando parecer despreocupada.

Carol me lançou um olhar cético. ― Não foi essa a impressão que tive ontem, quando você me ligou. Você parecia devastada!

― É, mas ontem foi ontem, e hoje é hoje. Sabe de uma coisa? Combinei de sair com o Ricardo.

― Sério, Liana? ― Carol cobriu o rosto com a mão, olhando para o teto como se buscasse uma intervenção divina. ― Você realmente acha que isso vai te fazer bem?

Dei de ombros, indiferente. ― Não sei, mas por que não tentar? Quer um café? ― perguntei, já me levantando em direção à cafeteira. A noite anterior tinha sido terrível para mim; demorei horas para pegar no sono e, quando finalmente consegui, tive um sonho bizarro.

― Não, obrigada. E então, a nova mamãe do pedaço já chegou?

― Não sei, não quero saber e detesto quem sabe. Estou fora dessa história de vez ― respondi, me sentando com firmeza.

― Mas você está esquecendo um detalhe importante, amiga. O Rodrigo é filho da Vera! E as investigações? Vocês não estavam começando algo?

― As coisas vão ficar como estão! Eu vou ajudá-lo, mas isso não significa que precisamos estar juntos. Na verdade, já entrei em contato com a enfermeira e pedi a um amigo jornalista que me enviasse o retrato falado da mulher. Tudo está encaminhado.

― Sério? Já está tudo pronto? Não imaginava que seria tão rápido!

― Normalmente não é tão rápido, mas eu pedi um favor especial. Ajudei o Henrique com uma reportagem há algum tempo e agora cobrei esse favor. Ele deve chegar a qualquer momento.

― Hum, entendi! ― Ela olhou para mim com uma expressão de pena e segurou minhas mãos. ― Você sabe que não tem como fugir, né? O Rodrigo é filho da Vera. Mais cedo ou mais tarde, você vai ter que falar com ele, ou pelo menos vê-lo. É inevitável, amiga!

Expirei pesadamente, sentindo o peso da exaustão. ― Eu sei. Mas ele disse que não ficará muito tempo aqui em São Paulo, então... ― Baixei a cabeça sobre a mesa, o cansaço me dominando e uma dor de cabeça lancinante se anunciando.

― Ah, amiga, é tão difícil te ver assim.

― Eu nunca me senti tão confusa na vida. ― Confessei com sinceridade. ― Não sei mais o que fazer.

― Mas ele está com ela? ― Carol questionou, confusa. ― Não foi ele quem disse que estava solteiro? Eu não entendi!

― Não sei. Quando conheci ela em Gramado, ela se apresentou como namorada dele. ― Respirei fundo. ― E agora, ela está grávida, que não deixa lugar para dúvidas. Mesmo que não estivessem juntos, é complicado. Ela é a mãe do filho dele, afinal. Fui idiota por me envolver, pensando que era uma coisa, quando era completamente outra. Sinto-me tão estúpida! ― Abaixei a cabeça na mesa, exalando pesadamente.

𝙰𝙺𝙰𝙸 𝙸𝚃𝙾 - 𝙵𝚒𝚘 𝚟𝚎𝚛𝚖𝚎𝚕𝚑𝚘 𝚍𝚘 𝚍𝚎𝚜𝚝𝚒𝚗𝚘Onde histórias criam vida. Descubra agora