𝙸𝚃𝙰́𝙻𝙸𝙰 - 𝙽𝙰́𝙿𝙾𝙻𝙴𝚂 -𝟷𝟾𝟼𝟾

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ღ꧁ღ╭⊱ꕥ Eu o conduzi por um caminho pedregoso até uma enseada rochosa, com uma praia de pedrinhas e a água verde azulada

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ღ꧁ღ╭⊱ꕥ Eu o conduzi por um caminho pedregoso até uma enseada rochosa, com uma praia de pedrinhas e a água verde azulada. Penhascos se erguiam nos dois lados da enseada. Enquanto observava a cena, um frio se instalou em meu estômago. Estava muito preocupada. Não tinha certeza se um mascate acreditaria na minha história. Mas não tinha escolha. Respirei fundo e continuei.

― Chegamos! Siga-me e mantenha-se em silêncio. ― instruí, conhecendo o suficiente sobre o mascate para saber que ele odiaria encontrar-se frente a frente com o Príncipe Regente. Era bem possível que me matasse por isso.

― Posso saber qual é o motivo? ― indagou o Príncipe, inquieto, seguindo meus passos.

― Adivinha! ― soltei, com um tom sarcástico. ― Você não é muito bem-vindo por aqui, Alteza! Na verdade, nem você nem ninguém da realeza.

O mascate, um homem de cabelos grisalhos e grande bigode, estava sentado em um banco de pedra em frente à sua pequena e rústica casa. Enrolava seu charuto nas mãos, e quem o visse, nem imaginaria o calhorda que era.

― Buonasera! ― cumprimento, respirando fundo. Estava nervosa, esperando que ele caísse em minha lábia.

― Buonasera! ― ele responde, acenando com a cabeça ao me encarar. ― Julguei que já havíamos terminado, Ragazza! Tem algo a mais para mim? ― Ele volta seu olhar para o Príncipe, levantando-se imediatamente. ― E quem é ele? ― aponta, desconfiado.

― Ninguém! ― respondo rapidamente.

― E o ninguém tem nome? ― ele me encara em busca de resposta.

Droga! Isso será mais difícil do que eu esperava.

― Bruno! ― o Príncipe responde inesperadamente, atrás de mim. O encaro com raiva.

Coloco-me imediatamente entre os dois. O mascate não era tolo; eu o conhecia bem o suficiente para saber que, se por acaso desconfiasse que o acompanhante sorridente era o Príncipe, poderia considerar uma armadilha ou até mesmo uma traição. Já vi pessoas morrerem por muito menos.

― Vim negociar! ― digo de uma vez. ― Quero o anel de volta, aquele que te vendi junto com as outras joias. Pago o dobro por ele. Pode ficar com todo o resto, só quero o anel.

― Por quê? ― pergunta desconfiado. Ele se aproxima, me encarando. ― A não ser que você queira o de volta por ser bem mais valioso do que pensava que era, ― sugere. ― E se esse for o caso, estaria perdendo dinheiro... Certo? ― questiona desconfiado.

― NÃO! ― grito irritada. ― Não é isso, é uma questão familiar. Não sabia de quem roubava. Não tem a ver com o dinheiro, é pessoal. Você sabe dos meus princípios! Família em primeiro lugar! ― enfatizo.

Decidi abordar o assunto, já que sabia que ele não tinha escrúpulos, mas a família era algo sagrado para ele. Vai entender.

― Sim, a família em primeiro lugar!― ele repetiu minhas palavras, pensativo. O velho respirou fundo e perguntou para confirmar ― É algo familiar?

𝙰𝙺𝙰𝙸 𝙸𝚃𝙾 - 𝙵𝚒𝚘 𝚟𝚎𝚛𝚖𝚎𝚕𝚑𝚘 𝚍𝚘 𝚍𝚎𝚜𝚝𝚒𝚗𝚘Onde histórias criam vida. Descubra agora