ღ꧁ღ╭⊱ꕥ Andamos por algum tempo em silêncio. Não estava interessada em conversar com o Príncipe; meu objetivo era apenas levá-lo até o Mascate. Por sorte, tinha guardado o restante do dinheiro, o suficiente para recomprar o anel sem correr o risco de ser presa. Durante o trajeto, ele me observava de um modo estranho, que me deixava desconfortável. Sua gentileza excessiva também contribuía para minha ansiedade.
― Qual é o seu nome, senhorita? ― pergunta ele, pegando-me de surpresa.
Ignoro-o. Não quero que ele saiba nada sobre mim.
― Vai me dizer ou terei que chamar você de ladra? ― questiona ele, com um toque de humor na voz.
― Não somos amigos, não precisa saber meu nome. ― Respondo, irritada.
― Então, terei que chamá-la de ladra! ― afirma ele.
― Luna! ― Respiro fundo, tentando me acalmar. ― Meu nome é Luna, satisfeito?
― Luna. ― Ele repete meu nome. ― Como a lua. ― Ele ri, pensativo. ― Combina com você.
― Branca, gorda e cheia de crateras? ― Rebato, com um olhar sugestivo.
― Não! ― Ele responde, rindo. ― Eu poderia citar milhares de outras características melhores.
Dou de ombros, evitando perguntar quais características seriam essas. Continuamos andando, e me mantenho em silêncio. Não estou interessada em conversar, embora o Príncipe pareça não captar essa minha intenção.
― Pensei que não gostasse de joias. ― Ele comenta, observando meu pescoço. ― O que tem aí?
Olho para a minha mão, que brincava com o anel do meu pai, agora um pingente no meu pescoço. Era uma recordação dele, uma maneira de mantê-lo comigo.
― Nada que te interesse!
Decidi manter distância; afinal não era sua amiga, e não era da sua conta.
Surpreendida pelo golpe repentino, sinto ele puxar minha corrente, o fecho se solta em um instante.
― Lindo anel!
― Me devolve! ― Grito, ofegante. Estendo a mão trêmula para ele. ― Devolva agora!
― Não! ― Ele responde, esboçando um meio sorriso enquanto recua.
― Não? ― Repito, incrédula.
― Ficará comigo, só por garantia. ― Explica ele, deslizando o anel para o bolso. ― Quando chegarmos ao Mascate, eu te devolvo.
Encarei-o, incrédula.
― Foi algum noivo que lhe deu? ― Ele perguntou, interessado.
― Não é da sua conta! ― Respondi, esquivando-me e acelerando o passo para ficar à frente dele.
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𝙰𝙺𝙰𝙸 𝙸𝚃𝙾 - 𝙵𝚒𝚘 𝚟𝚎𝚛𝚖𝚎𝚕𝚑𝚘 𝚍𝚘 𝚍𝚎𝚜𝚝𝚒𝚗𝚘
Lãng mạnPor que Liana teme entregar seu coração? Por que Vera teve seu filho retirado de seus braços ainda recém-nascido? Será que sonhos têm a ver com vidas passadas? A existência de almas gêmeas é real? Akai Ito - Fio vermelho do destino descreve a busca...