ღ꧁ღ╭⊱ꕥ Estava com pouco, apenas um nome, o nome de uma cidade. Mas já era alguma coisa. Sentia-me exausta, tendo saído cedo de Poços e retornado a São Paulo, deixando meu carro em casa para, em seguida, rumar ao aeroporto. Resumindo, estava acabada! Agora me encontrava em Porto Alegre, tentando alugar um carro, o que estava se mostrando bastante difícil. Além disso, ainda precisava dirigir até Gramado, o que, pelos meus cálculos, levaria mais duas horas de estrada, fazendo-me chegar por volta das oito da noite. Isso, é claro, se a atendente colaborasse comigo. O que, pelo visto, não estava acontecendo.
― Sim, minha senhora, pode ser 1.0, não tem importância, eu só quero um carro que ande. Só isso! ― Expliquei pela vigésima vez.
A mulher, com uma expressão azeda, passou-me um calhamaço de papel para assinar, com uma lentidão anormal. Após quase uma hora e uma montanha de papéis assinados, ela finalmente me entregou a chave. De volta à estrada em direção a Gramado, após essa demora toda.
A paisagem ao longo da estrada era exuberante. O trajeto foi tão suave que mal percebi o tempo passar. Ao chegar à cidade, fiquei chocada com a beleza do local. Havia casinhas em estilo enxaimel, com ruas incrivelmente limpas e tomadas por jardineiras repletas de hortênsias. Era realmente de encher os olhos. Embora tivesse visitado Gramado quando criança, hoje mal reconheci o lugar. Estacionei o carro em frente à pousada, que ficava a 700 metros do centro. A pousada era simples, porém parecia ser bem aconchegante. Assim que entrei na recepção, uma senhora rechonchuda veio ao meu encontro.
― Olá, posso te ajudar? ― Ela perguntou gentilmente.
― Gostaria de me hospedar! Se for possível, é claro. ― Disse um tanto sem jeito. Não havia reservado nada, estava contando com a sorte. A mulher da locadora havia me dado um folheto das pousadas da região, e esta, por alguma razão, chamou minha atenção.
― Claro, guria! Entre! Precisa de ajuda com as bagagens? ― Ela olhou para mim e depois para o carro estacionado lá fora. Tive a sensação de que ela procurava por algo.
― Não, obrigada! Eu só vim com esta mochila. ― Respondi, levantando a pequena bolsa que segurava nas mãos.
Ela franziu a testa, parecendo não entender algo. Segui seu olhar e percebi que ela observava meu carro atentamente. Quando ela notou que eu a observava, voltou sua atenção para mim.
― Claro! Entre, por favor! ― Disse por fim, apresentando-se. ― Meu nome é Graça.
Segui a senhora para dentro do estabelecimento e, como previ, era bem aconchegante, simples, mas muito bonitinho. Havia uma saleta próxima da recepção, com um pequeno balcão e um sofá na lateral.
A senhora olhou para a tela do computador, parecendo ter dificuldades em enxergar.
― Vamos ver, qual é o seu nome? ― perguntou ela.
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𝙰𝙺𝙰𝙸 𝙸𝚃𝙾 - 𝙵𝚒𝚘 𝚟𝚎𝚛𝚖𝚎𝚕𝚑𝚘 𝚍𝚘 𝚍𝚎𝚜𝚝𝚒𝚗𝚘
Любовные романыPor que Liana teme entregar seu coração? Por que Vera teve seu filho retirado de seus braços ainda recém-nascido? Será que sonhos têm a ver com vidas passadas? A existência de almas gêmeas é real? Akai Ito - Fio vermelho do destino descreve a busca...