"Se algo pode dar errado, dará errado da pior maneira, no pior momento e de modo a causar o maior estrago possível".
- Edward Murphy-
________________________________________________
Sukuna se sentou ao redor da mesa reservada, a maître saindo logo após.
Suspirou, olhando para sua frente encontrou uma sorridente e debochada mulher de cabelos alaranjados e olhos afiados. Ela piscou os cílios e brincou com a taça de cristal que continha água.
Constatou, preferia almoçar sozinho do que acompanhado daquela mulher.
Infelizmente, não encontrou opções e argumentos para fugir de tal figura perigosa, chata e extremamente insuportável.
Para ele, essa era Nobara Kugisaki.
A mulher sorriu como se adivinhasse seus pensamentos desagradáveis.
O garçom os cumprimentou educadamente, esperando por seus pedidos.
– Pode por favor, desmanchar essa cara de quem chupou limão azedo? Poxa, eu aqui toda animada depois de voltar de viagem, e você ai com uma evidente vontade de me mandar para o inferno que eu sei. Assim eu fico magoada. – Ela sorriu com desdém, passando a ponta da língua sobre o lábio inferior.
– O único rosto que tenho, infelizmente. E está enganada, não mandaria você para inferno, apesar de você infernizar a minha vida, no máximo mandaria pra puta que pariu. – Sorriu com mais desdém ainda, quem olhasse por fora, poderia brevemente se confundir e ver a ilusão de duas cobras ao invés de dois seres humanos.
– Não sabe como fico aliviada em saber disso, raposinha. – Rolou os olhos. – Sendo sincera, eu queria ver Yuuji antes, só que ele me dispensou dizendo que estava ocupado, acredita nisso? – Questionou com um toque de indignação na voz, cruzando os braços sob o busto.
– Acredito, muito legal saber que fui feito de estepe, enfim, como se eu –. Deu de ombros, não dava a mínima mesmo, o que o mantinha sentado naquela mesa era a comida e não a companhia, se dependesse da companhia... Já estaria muito longe.
A ômega o olhou sorrateira, tentando descobrir o que se passava na cabeça problemática do Ryomen.
– Me sinto importante com essas palavras. – Riu. Quando as entradas foram postas sobre a mesa, passou a língua sobre os lábios, estava faminta e com muitas saudades dos pratos daquele lugar. – Como eu amo esse cheiro! – Inalou o aroma dos pequenos pratos servidos, os olhos brilharam. Sukuna ignorou e se concentrou em seu prato.
Nobara sustentou e instigou os assuntos que conversaram até os pratos principais serem servidos.
Enquanto seus ouvidos eram preenchidos pelo falatório interminável da Kugisaki sobre a viagem, amaldiçoou Yuuji mentalmente, ele era quem deveria suportar isso como sempre suportou.
Sukuna se perguntou porque teve que ocupar esse lugar.
Quando pensou nisso, um aroma leve de flor de cerejeira e baunilha chegou a suas narinas. Retorceu os lábios com o primeiro cheiro, trincou os músculos de raiva ao reconhecer o segundo cheiro que se apresentou, framboesa. Yuuji! Era esse o sinal para enforcá-lo enviado pela Dona Morte?
Palhaçada.
Seu olfato era belamente apurado, sentir cheiros mesmo a distância não era um problema.
Seu irmão e seu contratado estavam ali, a alguns metros de distância.
Nobara notou com sagacidade as desviadas de olhares fuzilantes do rosado. Parecia querer matar alguém. Realmente queria matar seu irmãozinho caçula, graças a ele tinha que aturar Nobara. Não que não gostasse dela, "longe disso", só não suportava as implicâncias dela mesmo.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Casamento por Contrato
FanfictionSukuna precisava de um casamento falso que pudesse convencer sua família a não tirar sua tão amada presidência sobre as empresas da família. Um alfa meticuloso e manipulador, ele não queria amor, apenas uma mentira que seguiria as estrelas e noites...