Chapter 17 - Teimosia

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"Se decidir me ignorar, eu vou te irritar."

- Megumi Fushiguro-

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Sukuna abriu as persianas e em seguida as janelas de vidro, deixando o ar frio da madrugada bater contra seu torso nu.

Seu corpo estava quente como o inferno. A marca em seu pescoço latejava de leve, como se ordenasse a ir para outro lugar.

— Vou acabar com a raça desse garoto... — Passou a mão pelo pescoço, jogando a cabeça para trás e bufando. Sua gengiva doía, os caninos querendo crescer.

Sentia o desejo dele queimando em sua pele, nunca pensou que fosse tão insuportável estar conectado com outra pessoa. E o que Megumi estava pensando? Fazer esse tipo de coisa...

Os feromônios dele estavam quase chegando ao seu quarto ou era impressão? Sentia um fraco aroma de flor de cerejeira e maracujá no ar que estava instigando sua líbido.

De alguma forma, isso também o fazia sentir que Megumi estava próximo ao cio e Deus! Se próximo já estava nesse nível, quando chegasse como seria? Estava começando a duvidar se os inibidores fariam algum efeito.

Sentiu o calor em seu corpo diminuir, Megumi estava esgotado provavelmente. Inspirou profundamente, agradecendo por ter acabado.

O celular vibrou no criado-mudo. Olhou a notificação, o contato para o qual mandou mensagem e se arrependeu logo em seguida tinha respondido. A verdade é que enquanto olhava os contatos, seu desejo dissipou completamente e só voltou quando Megumi começou a brincar em seu quarto.

Riu ao notar que aquela chama que ainda estava acesa se apagou completamente ao ver a foto de perfil do contato.

— Eu tô muito fodido. — Passou os dedos esguios pelos fios roseos e foi se deitar.

*

Megumi desceu as escadas ainda de pijama, o cabelo um pouco bagunçado e o rosto corado. Foi até a sala de jantar, Sukuna já estava lá, olhando algo - provavelmente do trabalho - no tablet enquanto levava uma xícara com café aos lábios.

— Bom dia. — Desejou se sentando em uma cadeira próxima a ele.

— Bom dia. — Sukuna nem olhou para sua cara, deu de ombros, não era a primeira vez mesmo.

Megumi derramou o leite em um copo  e retirou um pedaço do bolo de cenoura da boleira de vidro.

— O que está fazendo? — Perguntou mordendo um pedaço do bolo.

— Trabalhando. — Respondeu simples e direto, o tom sério. Megumi enrugou a testa. Sukuna estava mais ranzinza que o normal.

— tá bem? — Sukuna enfim se dignou a olhar para moreninho. Os fios escuros estavam bagunçados e seus olhos interrogativos. O aroma de flores de cerejeira se tornou mais forte

— Ótimo. — Se levantou. Megumi estranhou e acompanhou com o olhar ele caminha até si. — E você? — Inclinou o rosto na direção do moreno, que enrusbeceu sob o olhar indecifrável dele.

— Bem...  Você não parece muito bem... — Disse, Sukuna revirou os olhos avermelhados.

— Talvez seja verdade. Mas a culpa é sua. — Megumi piscou totalmente confuso, seu olhar bobeando vez ou outra para a boca do rosado.

— M-minha? — Sukuna pôs a mão na nuca de Megumi e pressionou a marquinha com o indicador.

— Acho que você ainda não se acostumou com isso e nem eu. — Levantou. — Tenha um bom dia. — E saiu, assim, apenas...

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