Chapter 10 - Ousadia e Timidez

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" Por que passar vontade se eu posso aproveitar" - Megumi Fushiguro -

Renzo, pai de Sukuna, soltou a xícara que estava segurando, o barulho da porcelana se chocando contra o chão e se estraçalhando foi o único som que perdurou pelos cinco minutos que se seguiram.

Todos estavam estáticos, com olhos arregalados e faces incrédulas, olhando fixamente para o casal, em especial, o garoto de olhos esverdeados - que internamente chorava pela xícara aparentemente de luxo no chão aos pedaços.

Megumi queria se enfiar em um buraco, o constrangimento corria por sua pele com lentidão, como uma cobra aproveitando o terror da vítima. Já o sorriso nos lábios do marido não podia ser mais satisfeito. Sukuna sorria ternamente, escondendo uma imensa sensação de vitória que explodia em seu peito.

Hana, piscou uma, duas, cinco vezes, sentiu uma tontura súbita, se sentou em uma poltrona proxima, tinha certeza que sua pressão baixou por alguns segundos.

— Mamãe — Yuuji foi até ela, de alguma forma sentindo o choque extremo dela.

— Yuuji... — Ela murmurou perdida, sua mãe acabou de ter um delírio muito louco. — Ela olhava fixamente para o filho mais novo, os lábios trêmulos. — Que seu irmão chegava dizendo que havia casado...

— Não é um delírio, mamãe, Sukuna realmente está casado. — Disse terno. A mãe olhou lentamente para o lado, até Sukuna que mirava todo aquele drama com tédio, e o moreninho que parecia mais assustado do que uma criança.

Um grito alto foi ouvido por toda a mansão. Os empregados se assustaram. Os paralisados na sala enfim voltaram a si.

— Quanto tempo eu dormi? — Renzo perguntou para Jin, pai de Yuuji, que estava ao seu lado, esse só balançou a cabeça sem ter resposta alguma.

— Sukuna, quer nos dar a honra de explicar o que está acontecendo aqui?!—Hana levantou os olhos, atordoada.

— É simples, mãe, esse... — segurou Megumi pelos ombros, o dito sorriu o mais simpático que conseguiu — É Megumi Ryomen, meu marido e seu genro.

****

— Isso foi uma loucura. — Megumi se jogou, mentalmente esgotado, sobre a cama de casal enorme, sério, caberia cinco pessoas ali fácil.

— A loucura de verdade ainda está por vir, aquilo foi só o aquecimento. — Sukuna murmurou sentado na ponta da cama, olhando algo no celular. — Hana Itadori não vai aceitar eu ter dito que você é meu marido e simplesmente ter virado as costas sem mais nem menos.

Megumi se levantou bruscamente.

— Então porque não deu logo uma explicação para ela?! — Sukuna deixou o celular de lado e olhou de maneira indescritível o ômega. Megumi sentiu a vergonha querer tomar conta de suas bochechas, porém não cedeu.

— Não sei, deixar as coisas mais emocionantes, talvez. — Deu de ombros.

" Você é louco! Vocês são loucos! Essa família é louca! Eu sou mais louco ainda por estar aqui! "

Gritou mentalmente esarcebado, olhos arregalados de incredulidade para ele, no final, suspirou e se jogou novamente na cama.

— Onde foi que eu me meti? — Sussurrou baixinho, Sukuna largou o celular e olhou para o mais novo.

— Já está desistindo? — Megumi abriu os olhos instantaneamente, fitando um sorriso provocador do outro que fez seu estômago revirar, de um jeito bom.

— Jamais.

— Imaginei. — Se pôs de pé, estendo a mão para Megumi, que o olhou confuso. — Vou te levar para conhecer os arredores e a mansão, seria muito estranho se eu não fizesse isso já que sou seu marido.

Casamento por ContratoOnde histórias criam vida. Descubra agora