Chapter 2- A situação de Megumi Fushiguro

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Megumi jogou o livro contra a parede do quarto.

Ouviu o praguejar baixo de seu vizinho de quarto e o mandou ir se ferrar.

Com tantos problemas acumulados, até uma mosca mexia com seu temperamento nesse momento desafortunado.

Desafortunado mesmo. Se abrissem sua carteira e encontrassem dois reais, encontravam muito!

Fazia dois meses que havia se demitido de seu emprego de meio período por ótimos motivos. O emprego era uma merda, os companheiros de trabalho eram uma merda, seu chefe era uma merda! Tinha que fazer horas extras quase todos os dias, e isso afetava seus estudos, o tratamento era um lixo, o salário era pouco contando com as gorjetas, o ambiente era um nojo e sua paciência era curta.

Quando o abusado de seu chefe quis dar uma de engraçadinho para cima do Fushiguro foi o ápice. Meteu um murro bem dado na fuça do nojento e se demitiu, saindo da maldita lanchonete escutando os xingamentos do desgraçado. Nessa época a situação para seu infeliz lado já não era boa, depois então...

Curiosamente, depois de procurar alguns empregos de meio período, não conseguiu nada. Então descobriu que o porco sujo de seu ex-chefe havia espalhado boatos desagradáveis ao seu respeito.

Agora, dois meses depois, suas economias estavam no fim, ainda tinha que pagar a mensalidade da faculdade, da república onde morava, cobrir os custos de suas necessidades básicas, comprar os malditos inibidores que estavam prestes a acabar, entre outras questões que não gostava nem de pensar pois sua cabeça doía. Por sorte, a república onde estava só aceitava ômegas.

Se recusava terminantemente a aceitar a ajuda de seu pai ou outro familiar, não aceitaria o olhar superior deles de novo, não se levaria a se humilhar desse jeito. Era melhor assim, eles bem longe, em outro país, sem terem qualquer contato, sem se intrometerem em sua vida.

— Meg, eu não me importaria de te ajudar!— Yuuji dizia pela décima vez só naquele dia

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— Meg, eu não me importaria de te ajudar!— Yuuji dizia pela décima vez só naquele dia. Fazia horas que estavam andando pelo centro comercial da cidade universitária. Megumi atrás de algum emprego para sustentar sua bunda.

— Não vou aceitar ajuda de graça, Yuuji. — Foi irredutível pela décima vez._ Eu sei que pra você me ajudar não seria nada, mas eu me sentiria mal, é como se eu tivesse me aproveitando de você.— Megumi via o Itadori como alguém facilmente manipulável se ele confiasse em alguém profundamente. Yuuji nada mais disse.

Mais algumas voltas pelo local e Yuuji começou a ofegar e soar, estava começando a se sentir esgotado. Megumi parou, retirou uma garrafa de água da bolsa e entregou para o amigo. Esse não demorou a pegar a garrafa com aquele líquido que parecia tão lindo como cristal para alguém prestes a morrer de sede.

— Você tá se molhando todo, Yuuji.— Soltou uma pequena risada.

— Estou morto, caminhar não é pra mim, eu deveria ter nascido com asas.— Bufou, indignação com a vida era um saco hein.

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