Chapter 15 - Tempo

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Sabe a vontade de desistir e jogar tudo para o alto? Era o que o moreninho sentia nesse exato momento, enquanto olhava os livros, o notebook - recém comprado - e o caderno cheio de anotações.

Estava atolado em trabalhos da faculdade para o dia seguinte. Se amaldiçoou por ter procrastinado esses malditos trabalhos por tanto tempo.

Acariciou a pele atrás do pescoço, estava doendo um pouco pela recente marca. Ah, Sukuna o marcou?! Mais ou menos. Era uma marca temporária, diferente da marca verdadeira, essa era como uma cópia que tinha data de validade. Depois de quatro meses ela sumia.

Por que não fizeram isso desde o início? Mesmo que fosse uma versão inferior, a marca temporária ainda fazia as duas pessoas ligadas compartilharem suas emoções, só que menos intensas se comparadas a marca verdadeira.

Balançou a cabeça, não queria pensar nisso, ou então acabaria pensando no dia que a marca foi feita, foi difícil suportar aquilo e no final não acontecer nada!

Isso era algo que Sukuna não queria, alguém sabendo tudo o que estava sentindo.

Só que o Ryomen percebeu que a falta dessa marca desgraçada estava dando muito problemas. Depois de reconsiderar a ideia bastante ele a compartilhou com Megumi, claro que acrescentou uma quantia significativa para o caso do moreno aceitar. Afinal, isso seria incomodo para os dois.

Sentado na sala da mansão, usando um pijaminha amarelo no estilo macacão, a única coisa que queria era dormir. Sua barriguinha estava satisfeita depois do jantar - que aproveitou sozinho só para contar - maravilhoso que haviam preparado para si, agora era sua mente que implorava por descanso.

Mas não podia. Gemeu frustrado.

— Hmmm, eu quero dormir! — Se debruçou sobre a mesa de centro que usava. — Acho que não faz mal fechas os olhos por cinco segundos...

Porém, quando decidiu fechar os olhos por cinco segundos, acabou cochilando mais rápido do poderia imaginar.

Por sorte o barulho das portas se abrindo e barulho de passos o despertou em um pulo. Olhou assustado ao redor. Logo vendo Sukuna andando a passos calmos enquanto afrouxava a gravata. Suspirou, tinha o homem mais bonito do mundo como marido, mesmo que falso.

Sukuna suspirou cansado, o dia tinha sido tão corrido e apertado que nem mesmo conseguiu jantar em casa novamente. Quando finalmente notou Megumi, o mesmo o olhava estranho. Encarou o mais novo de cima a baixo, a cara de sono ao pijaminha que considerou fofo de certa forma.

Olhou confuso seu relógio de pulso, estranhou, era tarde, a esse horário Megumi já estaria dormindo a muito tempo.

— Por que ainda está acordado? — Retirou o blazer e jogou no braço do sofá, se sentando e jogando a cabeça de um lado para o outro, escutando os estalos do próprio corpo.

Megumi apontou choroso para a mesa onde estavam suas coisas ocupando todo o espaço.

— Eu não quero mais fazer esses trabalhos! — Reclamou com olhos lacrimosos, estava tão cansado que seu lado mimado e infantil estava aparecendo. Lado esse que surpreendeu e fez Sukuna sentir uma pressão sobre si.

— Não faça.— Sukuna sentiu o quanto ele estava cansado mentalmente, tanto que sua personalidade racional e lógica estava colapsando.

— Mas eu tenho que fazer... — Bateu o punho contra o caderno. Olhou de maneira dengosa para o mais velho._ Faz pra mim? — Lançou, do nada.

— Nem a pau. — Sukuna Gargalhou incrédulo pelo pedido.

Todo esse curto tempo com Megumi tinha se mostrado diferente do que Sukuna imaginou que seria ao contratar alguém para um casamento falso.

Casamento por ContratoOnde histórias criam vida. Descubra agora