" Ser imprevisível é o que torna as pessoas perigosas, e quando suas mãos estão entrelaçadas ao destino tudo fica ainda pior"
(Sukuna Ryomen)
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Sukuna suspirou.
Seus pensamentos estavam confusos e bagunçados, algo totalmente fora do comum. Não conseguia relaxar de maneira alguma.
Iria culpar a convivência, não sabia se era ela realmente a responsável, mas iria culpá-la por não conseguir tirar aqueles malditos olhos verdes da cabeça. Quando tudo piorou? Ou melhor, quando alguma coisa já esteve bem?
Sukuna poderia dizer com certeza que aquela noite ajudou em muito seu estado atual. A noite em que tudo começou a desmoronar.
poucos meses antes...
Naquela noite, Sukuna abriu os olhos e se sentou na cama de supetão, todo seu corpo estava levemente febril, sua garganta estava seca e seus sentidos mais aflorados que o normal. Sentiu-se levemente tonto com o aroma que dominava de leve seus sentidos, o inebriando aos poucos como veneno.
Sabia bem de quem era aquele cheiro... Quem estava o chamando.
Levantou, a noite estava quente, por isso só usava uma calça de algodão. Saiu do quarto com calma, pressionando as pálpebras vez ou outra. No alto do corredor para descer as escadas, encontrou o jovem parado, olhando em sua direção com olhos nublados.
Ele estava enrolado no cobertor, os fios escuros estavam uma bagunça, mas as reações de seu corpo denunciavam seu estado, os olhos perdidos, a boca avermelhada, a respiração ofegante.
Parou a uma distância que considerou segura. Megumi o encarava com afinco, de cima a baixo, o analisando. Sukuna arqueou uma sobrancelha pela ousadia do garoto em o analisar. Megumi no fim suspirou e Sukuna sentiu uma onda de feromônios se alastrar pelo ambiente.
— Suky... — Sukuna se surpreendeu e se intrigou, ele ainda tinha alguma consciência pelo visto.
— Você não me dá descanso, Megumi — Balançou a cabeça e suspirou. O moreno mordeu o lábio inferior, os lábios levemente curvados em um sorriso. Sukuna crispou seriamente os lábios, aquele ato simples surtiu um efeito inesperado, mesmo que pequeno. Megumi se aproximou, passou suas mãos pelo abdômen desnudo lentamente, de cima a baixo.
Sukuna segurou o pulso do moreno e afastou de si. Sua cabeça estava girando, um sinal para deixar seus instintos tomarem conta e ceder ao desejo de "ajudar" o ômega delicioso à sua frente.
— Vou te levar para o seu quarto. — Megumi estremeceu ao escutar o tom sério e levemente rouco.
— Você vai ficar lá comigo? — Sorriu malicioso. Afundou seu rosto na curvatura do pescoço do outro, estremeceu por inteiro ao sentir o cheiro que tanto amava correr por suas narinas, suspirou baixinho em deleite. Deixou alguns beijos molhados na pele levemente amorenada enquanto colava os corpos o máximo possível— Eu preciso de você — Murmurou desesperado.
Sukuna fechou os olhos. "Loucura", foi isso que pensou sobre a situação. Megumi o estava embriagando, sempre conseguiu parar, mas por quê suas mãos coçavam para segurar a cintura dele e empurrar o corpo menor contra a parede? Sempre se orgulhou de seu autocontrole, porém, esse "autocontrole" queria fugir para a puta que pariu no momento que mais precisava.
Megumi não estava em seu juízo perfeito, mesmo que não fosse a pessoa mais correta do mundo, Sukuna ainda era alguém decente ( de certa forma).
— Suky, não quero ficar sozinho... — Sussurrou, o hálito quente batendo contra a pele onde agora mordiscava.
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Casamento por Contrato
FanfictionSukuna precisava de um casamento falso que pudesse convencer sua família a não tirar sua tão amada presidência sobre as empresas da família. Um alfa meticuloso e manipulador, ele não queria amor, apenas uma mentira que seguiria as estrelas e noites...