"Devaneio. Meus olhos procuram o que quero encontrar"
Por: Yuuji Itadori
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— Megumi, Megumi... O que você aprontou? — Aquele tom de curiosidade e medo ao mesmo tempo. "Você nem vai acreditar", pensou o moreno revirando os olhos de nervosismo.
— Podemos nos falar pessoalmente quando voltar? Estou em uma curta viagem agora — acariciou uma pequena árvore no jardim.
— Viagem? Desde quando tu tem dinheiro pra viajar criatura?! — Megumi podia imaginar claramente a expressão perplexa do albino.
— Estou viajando com um amigo, Satoru, ele tá pagando. — Disse a primeira desculpa que veio a mente, não seria legal soltar a bomba de que estava " casado" por telefone.
— Hm, suspeito... Mas ok, vou esperar, te mando o nome do hotel que vou ficar, quando voltar venha me visitar — ele definitivamente não estava pedindo, soava muito mais como uma ordem dada por um "pai".
— Claro, claro — riu divertido. — Utahime veio com você? — Perguntou casualmente, tentando prolongar a conversa.
— Hm, não te disse antes, acontece que... — Franziu o cenho, estranhando a enrolação do outro para falar. — Eu e ela terminamos a três meses. — trinta segundos de silêncio.
— O QUÊ? — Tapou a boca assim que percebeu o quão alto havia expressado sua surpresa. — Como assim? Onde? Por quê?— Sussurrou, sorrindo envergonhado para o jardineiro que o olhava estranho. Seu estômago revirou, uma sensação nauseante subindo e criando gosto em sua boca.
— Por que? A gente percebeu que não combinávamos, simples, terminamos numa boa e decidimos voltar a ser bons amigos.
— Ainda bem. — Suspirou aliviado. — Se estivessem intrigados seria difícil escolher entre você ou ela.
— Há. Eu sou seu primo, sabia? — Satoru perguntou sarcástico.
— Distante. — Pontuou.
— Foda-se, sou praticamente seu pai, me deve um pouco de respeito. — Megumi gargalhou e Satoru não demorou a acompanhá-lo.
— Megumi, querido! — Escutou uma voz doce lhe chamar, olhou a mulher que sorria para si e lhe chamava com a mão.
— Quem é? Por quê essa voz é familiar? — Satoru blaterou confuso, Megumi não prestou atenção nas palavras do mais velho.
— Preciso desligar, quando eu voltar vou te visita. Bye bye. — Não esperou o outro lado responder e desligou a chamada.
Hana havia entrado novamente. Deu um passo apenas para sentir as pernas falharem e sua cabeça girar. Segurou no banco esculpido detalhadamente ao lado, fechando os olhos por alguns segundos.
— Por que está tão forte? — Sussurrou para si mesmo. — Nunca foi assim... — Seria porque estava a tanto tempo se sentindo confortável que o impacto do mal-estar veio de forma mais forte.
Engoliu o bolo que subia pela garganta, respirou fundo e se recompôs da melhor maneira possível, caminhando lentamente de volta.
Yuuji estava na cozinha, com uma expressão de desgosto enquanto olhava o avental verde com a figura de um patinho amarelo no centro. Até sentiu vontade de rir, mas tinha medo que no processo, todo o almoço acompanhasse o sorriso para fora.
— Megumi, vamos fazer um bolo, que tal? — Hana pulou em sua frente, extremamente animada usando um avental azul com a várias imagens de diamantes. — O que aconteceu meu bem, por quê está tão pálido? — Ela se aproximou e tocou seu rosto.
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Casamento por Contrato
أدب الهواةSukuna precisava de um casamento falso que pudesse convencer sua família a não tirar sua tão amada presidência sobre as empresas da família. Um alfa meticuloso e manipulador, ele não queria amor, apenas uma mentira que seguiria as estrelas e noites...