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(Dedicado a minha esposa Iracema e aos nossos 2o anos de casamento completos hoje 08/04/2022)


Alguns de meus caros e raros leitores, conhecendo um pouco este que vos narra, talvez tenha sido tomado por uma leve, mais sincera curiosidade. O que viria a ser este título? Explico.

Mas como tudo na vida, nunca é simples ou basta um resumo, e este menos ainda se dará desta forma, afinal como costumo ser repetitivo, tudo sempre tem um mais... este título, número, fração, pontuação o tome como melhor supor e desejar que se encaixe, foi extraído de uma longa, louca e divertida história de amor!

Confesso que não flerto muito com a senhora matemática, se fosse ela um ser, seria extremamente exata e confusa, se é que isto é possível. Mas a parte dela que me é, se fosse uma dama, bastante curiosa e atraente.

A possibilidade de equacionar tudo. Isto me encanta posto que é possível demonstrar com uma equação, a dimensão, a grandeza, a profundidade, e até mesmo a equivalência, o quilate das coisas.

Mas o que tem haver, matemática, amor, equação? Estou parecendo um tanto confuso há vocês, não! Mas acredite, não estou. E posso provar, e vou explicar...espero.

Sei que em alguns momentos o fazemos, todos nós, o fazemos às vezes por livre e imposta vontade de outrem, por mais breve e rasos que seja, exames de consciência.

Sabe, algumas perguntas para o íntimo, nada muito profundo, afinal penso eu que melhor deixar as catacumbas aos coveiros. Este negócio de cavar muito fundo ai, ai... cansa, dói os braços e o defunto não ressuscita, só assombra.

E a questão é essa, percebi que, não só por hoje, mas é precioso fazer, permitir, deixar a correria da vida de lado por um momento, parar e pensar. Imagino que alguns pensaram na obviedade deste parágrafo. De certa forma é isso, a obviedade das coisas, coisas certas, ou que pelo menos damos como tal. Coisas que achamos, são imutáveis e que sei lá movido por qual sentimentos, as achamos eternas.

Sei, fui um tanto obtuso e neocentrista, e pareço ter entrado em parafuso falando de mim. Também... mas falo de nós, não eu e você, não, não é isto. Não quero criar mais confusão. Digo nós, e aí começa a acontecer a matemática, nós no sentido de (você e ele), (eles), nós (dois) nós, (juntos) ... aqueles plurais todos que encaixam 'nós' perfeitamente pelo resto da vida.

Hoje foi um destes exames... Peguei a balança, uma fita métrica, calculadora, prancheta, papel, afiei o lápis, uma xícara de café, doce, minha cartela de cigarros e.... – vocês? Já pararam para pensar que um exame de consciência sincero pode ser para os homens, mais doloroso que a ideia de ir a um proctologista ou para a mulher ir ao consultório daquela, - (nem gosto de dizer o nome) - "raça do cão"? Que em um momento de exame de consciência verdadeiramente imparcial é possível descobrir o que há do outro lado de um buraco negro? Esta é a equação da qual dizia, me ser tão lubricamente atraente!

Palavras Para Distrair a InsôniaOnde histórias criam vida. Descubra agora