Ensaiamos algumas carícias e logo demos início... – logo partirmos para uma rapidinha, (sei, elas odeiam este parafraseado) mas foi, e é o que é. Afinal o despertador insistia em gritar às urgências da vida há cada cinco minutos. Não lembro de tê-la beijado, mas aquele sorriso, ao lhe dizer tchau, disse muita coisa.
E ainda hoje, antes mesmo que ela tenha lido, estas palavras, sobre como por vezes o sexo apenas compromissado com o gozo e o calor humano pode ser bom e deve ser praticado, já à terei beijado e dito o quanto há amei pela manhã, agora e sempre. Afinal, sendo ela minha primeira e maior crítica, sempre passa por seu crivo, estas nossas conversas, melhor que não seja pego com o rabo do macaco nas mãos.
Desta vez sei bem, serão duríssimas suas críticas.
Assim que a caçula dá sinais de sua existência, cobrem-se os corpos nus, engolem-se as palavras cheias de néctar, a sublimação do gozo e a possível síncope, e os cinco minutos mais no calor dos teus seios, ligo a tv.
Pensando melhor, creio que tudo tem início aqui.
É aqui, que você ledor, talvez ache todo o resto um tanto piegas, monótono ou clichê.
Inicia-se a vinheta do noticiário e estão a todo vapor, afinal as notícias prometem com o enunciado de ontem que se cumpriu e agora bastava dar um show para a audiência.
Após as inúmeras chamadas, às 'intro' mais quentes de hoje, voltariam em dois minutos.
Agora com os seus repórteres exibindo, os seus melhores, sobretudo, cachecóis, luvas e não poderia faltar 'elas', as repórteres, deixar de exibir também suas mais belas botas, de cores e tamanhos variados e claro, receberia mais likes e possivelmente tornar-se-ia tendência aquela que mais, ao avesso do que se prega ou se pensa, ultrapasse os joelhos.
Uma bela distração para as faces craqueladas, rosadas de frio, bem como a voz nem tão 100% diccionada. Logo de início, o âncora chama o repórter de rua - claramente perceptível - com sua voz um tanto embargada.
Ouve-se apenas o áudio da voz tremula do mesmo e o som do vento assobiando, enquanto o repórter cinematográfico exibe ao fundo o que parece um ginásio, com talvez uma centena de camas, enfileiradas, forradas com lençol, cobertor e travesseiro, no que talvez seja ou determinaram como cabeceira, já que as camas pareciam mais com macas à espera de moribundos, como nas guerras onde se fala o mesmo idioma, mas não a mesma língua.
Melhor, seria dizer, como nas recentes guerras biológicas, que ainda deixa sequelas, mas que basta o carnaval e agora o frio, para que todos se permitissem uma trégua, trégua esta que cada um escolheu para si, sem que o vírus mortal se desse por conta, e por hora, "oficialmente" tenha levado a óbito a quase perfeita marca, cerca de 665.665. Seria um aviso?
Esquema vacinal? Só para vírus pandêmicos reais, guerras, politiques e ladrões sem dedos. Gripe, resfriado? Redescobriu-se as receitas da vovó, leite quente, limão cortado em cruz, um dente de alho e mel... santo expectorante! De graça – nunca mais – até injeção na testa!
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Palavras Para Distrair a Insônia
Non-FictionEste pequeno cacifo, agora aberto e ofertado a vocês caros leitores, que peço, fiquem a vontade para tomá-lo como desejar. Conta com uma série de composições, "estórias", rabiscadas em guardanapos, no velho pardo papel de pão, algumas vezes em meu e...