Sou, por assim dizer, um observador nato. E também diferenciado. Claro, negar que sou, seria absurdo e até ridículo, já que minha profissão depende disso.
Não pense que sou do tipo que perde tempo, observando o "lugar comum" das coisas do mundo, meu globo ocular, ainda não alcança os finesses matrixana, verdade, é que dependo de olhos artificiais para uma boa leitura. Mas como dizia, sou um tipo de observador, com o olhar enviesado, um olhar como o dos velhos cowboys, dos bons e velhos filmes de faroeste.
Conto-lhes estes por menores, como introdução ao que vem, e desde de já, quero deixar claro, não houve de minha parte qualquer má intenção voluptuosa. Mas não pude deixar essa passar.
De certa forma, redescobri um prazer antigo de menino, que é o de andar em qualquer geringonça à motor que existisse, e neste caso foi o de andar, conhecido aqui como circular, em outros locais, se bem me lembro alguns nomes e termos, apelidos ou gerúndios, chamados de: buzão, pau-de-arara, bonde, bus... um nome que simpatizo, já que muitas vezes, se pronuncia e passa tão rápido quanto a palavra dita.
Há muitas outras palavras, que nomeia este tipo de veículo muito mais conhecidas, como ônibus ou coletivo, e esta última nomenclatura torna este tipo de transporte um verdadeiro paradoxo.
Título quem sabe, de uma outra, mas que agora deixa estar, a hora vai chegar.
A questão é, que de um tempo para cá, agora na casa nova a rotina tomou outros ares. Agora posso desfrutar da companhia de minha esposa Guapa e de minha filha T. para iniciarmos o dia juntos. Acordamos às seis, quando tudo certo, temos quarenta e cinco minutos para fazer os asseios matinais e quando tudo pela ordem, saímos de casa quinze para às sete, e as sete T. já está na escola, Guapa e eu às sete e dez já estamos embarcando no.... opa, espere!
Hoje não foi bem assim. Mas para não me repetir, voltarei ao momento em que deixamos T. na escola e seguimos para o ponto. Tudo certo! Meio corrido, meio atrasado, nada fora do normal.
O coletivo já nos aguardava, ainda frio, outra cousa de que gosto, temos a opção de embarcarmos no ponto "final", isso traz algumas beneficies, por vezes quase sempre podemos escolher onde sentarmos e juntos, já que logo na segunda parada, aí sim, tem-se a impressão de ter começado o dia.
É tanto do bom dia, de lá e para cá, quanto pisam no pé e ameaças de cotoveladas na fuça.
Outra cousa de que me agrado é o fato de as vezes a viagem ser um pouco mais longa, isso me permite alguns desfrutes, o principal, a companhia de minha Guapa e nossas sempre acaloradas conversas, e claro o "bônus" e ônus, há vida fica muito mais divertida e ainda nem são oito da manhã.
Mas hoje foi diferente, para sairmos da rotina, não furou o pneu traseiro mas sim o da frente... "Haja paciência" – ouvi o buchicho aqui e ali...
VOCÊ ESTÁ LENDO
Palavras Para Distrair a Insônia
Non-FictionEste pequeno cacifo, agora aberto e ofertado a vocês caros leitores, que peço, fiquem a vontade para tomá-lo como desejar. Conta com uma série de composições, "estórias", rabiscadas em guardanapos, no velho pardo papel de pão, algumas vezes em meu e...