Capítulo 58 - Culpada

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Lauren Jauregui  |  Point of View





Depois de muitos barulhos, vozes e gritos no corredor, Liam chamou Alejandro na porta, ele colocou Cal no chão e saiu do quarto. Depois de um tempo ele chamou Sinu.

— Que merda está acontecendo? – Dinah perguntou caminhando até a porta.

— Meu peito está apertado. – Falei para Normani e ela pegou minha mão. — Preciso ver Camila.

— Vamos esperar. Deve estar tudo bem. Não fique nervosa e não se movimente muito. – Assenti. Depois de um tempo, Dinah entrou no quarto. — O que está acontecendo?

— Está tudo sobre controle agora. – Ela disse, séria demais para personalidade dela.

— Onde está Camila? Preciso vê-la agora. – Falei e ela ficou me encarando por um tempo.

— Você vai ter que esperar.

— Onde a papa foi? E o vovô Mike? – Cal perguntou.

— Como assim? Mike está aqui? – Dinah ficou mais branca que o normal e começou a chorar. — O que está acontecendo? – Tentei me levantar, mas Normani me prendeu na cama.

— Fique quieta aqui. O que houve Dinah?

— Deixe que eu explique para Lauren. Nos deixem sozinhos um pouco. – Liam disse, entrando no quarto. — Levem Cal para casa de vocês. – Elas assentiram.

— O que está acontecendo?

— Vou te pedir para ficar calma. – Assenti. — O seu pai, procurou Camila para pedir dinheiro a ela, mas ela ofereceu um emprego e ele não ficou muito satisfeito com isso. Ele fez ameaças aos pais dela, a você, Cal e aos bebês em seu ventre. – Marejei os olhos com a crueldade. — Camila reforçou a segurança de todos vocês. Cercou este hospital de seguranças, mas parece que um dos enfermeiros, ajudou seu pai a entrar aqui. Ele estava armado. – Levei as mãos à boca e comecei a chorar.

— Camz...

— Ela vai ficar bem. Vamos torcer para ela ficar bem. O tiro pegou de raspão... vai dar tudo certo.

— E Mike? – Ele olhou para o lado.

— Ela se defendeu Lauren... eu sinto muito. Ela estava protegendo todos vocês.



Camila Cabello  |  Point of View




Acordei no quarto novamente, mas desta vez estava sozinha. Apertei um botão ao meu lado. Uma enfermeira entrou no quarto.

— Sra Cabello. Está sentindo alguma coisa?

— Onde está minha esposa? Meus filhos estão bem?

— Estão sim. Vou chamar...

— Não. Chame Liam, meu segurança primeiro. – Ela assentiu e depois de um tempo, Liam entrou na sala.

— Graças a Deus, tripé. Estava surtando.

— O que aconteceu?

— Você não se lembra de nada?

— Me lembro de correr pra cima de Mike e depois nada.

— Ele acertou um tiro de raspão em você, mas você tomou a arma dele...

— Meu Deus. Não me diga...

— Você se defendeu.

— Matei o pai de Lauren... ela está como? Ela está triste comigo? – Perguntei preocupada. — Tenho que vê-la. Preciso
me desculpar. Não tem perdão... – Ele me empurrou ate a cama novamente.

— Fique calma. Lauren está preocupada com você, ela sabe que você estava defendendo ela, eu contei tudo direitinho... desde o começo. Vou chama-la.

— Há quantos dias estou aqui.

— Uma semana. – Aparentemente todo o desgaste desses meses e mais o tiro te deixaram em um estado de exaustão.

— Céus. – Ele saiu da sala e depois de um tempo, Lauren entrou chorando no quarto. Abraçou-me forte e isso me fez sentir uma dor terrível a lateral do meu corpo. — Ai. – Ela se afastou. — Não. Pode me abraçar, mas fraco. – Ela voltou a me abraçar. — Desculpe Lauren. Não queria fazer isso... juro que não tive escolha.

— Shiii. – Ela colocou o dedo sobre minha boca e depois colou nossos lábios. — Só o que importa é que você está bem e nós estamos a salvo por sua causa.

— Desculpe Lauren.

— Não tem o que desculpar.

— Ele era seu pai, Lauren.

— Meu pai mudou muito, Camz. Ele deixou de ser meu pai há muito tempo.

— Desculpe amor. – Falei beijando a testa dela.

— Está tudo bem, amor. Está tudo bem. – Ficamos em silêncio por um tempo.

— E o Cal?

— Está lá fora... louco pra te ver. – Ela disse sorrindo.

— A parte em que tivemos três meninas foi real ou eu sonhei? – Lauren gargalhou.

— Detesto ser a que dá as notícias ruins, mas seus cabelos brancos vão começar a nascer. – Me atirei na cama.

— Senhor... me socorre. – Ela gargalhou.

— Fica boa logo para ver elas. – Assenti. — Vou chamar ele... sua cópia até na ansiedade, antes que ele enfarte. – Gargalhei, a lateral do meu corpo pareceu levar uma agulhada e fiz uma careta de dor. — Vou chamar uma enfermeira para te dar algo pra dor. – Assenti.

— Você está bem? – Ela ficou me olhando por um tempo.

— Agora estou.

Depois de um encontro, regado a lágrimas e sorrisos com a fofura do meu filho, pedi para ficar sozinha um pouco. Por mais que tenha escutado poucas e boas de Mike, a culpa por ter atirado nele, não sai do meu peito. E parece que a cada minuto aumenta mais. Tirei a vida de alguém e isso não vai sair de minha mente tão cedo.

ReviravoltaOnde histórias criam vida. Descubra agora