Capítulo 31 - Doação

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Camila Cabello  |  Point of View





No outro dia, estava levando Lauren para a escola. Quando chegamos, abri a porta para Lauren e ela entrelaçou nossos dedos. Fomos ao nosso famoso muro e me escorei no mesmo. Ela virou de costas e escorou o corpo no meu.

— Você podia me levar na praia hoje?

— Levo sim, amor! – Falei beijando seu pescoço.

— O Caleb precisa de roupas novas. Ele está crescendo muito rápido.

— Eu o levo.

— Só não dê opinião.

— Já sei. Vaidoso e independente.

— Exato. – Falou se virando e colando nossos lábios. Levei minhas mãos até sua bunda e a apertei, a puxando para aumentar o contato.

— Para Camz!

— Mas beijos também não?

— Mas você me excita quando me alisa deste jeito. Mãos comportadas em minha cintura.

— Amor... esquece essa greve. Eu já aprendi a lição... – Fiz minha melhor carinha de cão arrependido.

— Não me olhe assim.

— Sério, amor... eu não aguento mais. – O sinal tocou e ela me deu um selinho.

— Te amo. Lembre-se de sempre do que eu vou te dizer agora: Eu sou louca por você. Você é única para mim. O meu maior medo é te perder e vou dar minha vida por esse relacionamento, porque sei que no fundo... Não mereço alguém como você. Você é tudo para mim e se eu te perder um dia... eu morro. Só tem outra pessoa no mundo que ouviria esse discurso de mim e você sabe quem é, pois ele é seu clone. – Falou e saiu, eu limpei as lágrimas, entrando no carro.
Nunca vou me acostumar com essas declarações.

Fui até a casa dos meus pais e Caleb assistia desenhos.

— Filho... sua mãe me disse que você está precisando de roupas...

— Estou papa. As minhas estão pequenas.

— Vamos comprar umas novas?

— Vamos.

— E o que você acha de doarmos as roupas pequenas para crianças que precisam?

— Tipo... crianças de orfanato?

— Sim. Eles precisam tanto e você não vai usá-las mesmo.

— Acho uma ótima ideia... vamos escolher então?

— Claro.

Fomos até o armário dele e ele começou a retirar as peças que não queria mais.

— E brinquedos? Também posso levar?

— Claro! Se você não usar mais, pode sim.

Colocamos os brinquedos em uma sacola e as roupas em duas malas. Depois pesquisamos na internet, os orfanatos
que existiam em nossa cidade. Só havia um.

— Será que eles vão gostar?

— Eles vão amar, pequeno.

Quando chegamos, fui recebida de forma acalorada, por meninas que estavam brincando no parquinho.

— Camila, nós somos suas fãs! Canta para nós. – Uma menininha falou.

— Meninas... mantenham a compostura... assim vão afugentar nossos visitantes. – Elas sorriram e assentiram. — Olá, Srta Cabello... é uma honra tê-la em nosso estabelecimento. Meu nome é Catarina Hoffman e sou fundadora e administradora do Orfanato Hope.

— Um Prazer, Srª Hoffman, mas me chame só de Camila. Este rapaz lindo aqui é meu filho, nós trouxemos roupas e brinquedos que ele não usa mais. Não é, pequeno?

— Sim. Meu nome é Caleb Jauregui Cabello e é muito bom conhecer a senhora. – Falou estendendo a mão.

— Vejo que seu pequeno é muito educado, Camila. Vocês querem conhecer o orfanato?

— Seria ótimo!

— Venham comigo. – Depois de um tour e de Caleb fazer amizade com todas as crianças, chamei a Srª Hoffman para um lado.

— A senhora me perdoe à indelicadeza, mas percebi que só tem arroz e feijão na cozinha, não que isso seja um grande problema, mas não haverá mais acompanhamentos?

— Nós vivemos de doações, mas faz tempo que venho arcando com as despesas e o que sobra... só posso comprar isso.

— Isso é o suficiente, mas é bom variar. Vou deixar um cheque para a senhora, compre mantimentos e guloseimas para todos e com o que sobrar, reforme e renove a sala de música.

— Isso é maravilhoso. – Ela começou a chorar. — Não sabe o quanto me desespero às vezes, não posso fechar isso aqui, onde iriam morar essas crianças?

— Vou ajudar vocês, mas esse é nosso segredo. A mídia não pode saber.

— Mas por quê? Seria uma ótima publicidade para você.

— Não estou ajudando para aparecer, minha ajuda é totalmente desinteressada e voluntária. Você pode descansar tranquila à noite. Arrumou uma amiga de causa. – Fui até o carro e fiz um cheque, voltei e entreguei a ela.

ReviravoltaOnde histórias criam vida. Descubra agora