capítulo 7.

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Madelaine Petsch pov.

- não sabia que viria outra vez, Morgan. - sorri falso para Vanessa, que adentrou com Camila e se sentou em minha cama.

- que bom que veio. - Lili comentou, sorrindo. - nós gostamos tanto de você.

- sim, você se encaixa perfeitamente no nosso grupo. - Travis sorriu simpático.

- vem, senta aqui do nosso lado. - Kj abriu espaço para ela e eu revirei os olhos.

[...]

o filme havia acabado e todos haviam descido para comer e jogar. eu e Vanessa ficamos no quarto, ajeitando a bagunça.

estávamos caladas, ela se fingindo de quieta e eu fingindo que ela nem estava no quarto. realmente não gosto dela.

- vão ficar aí em cima? está na hora dos jogos. esqueceram? - Lili entrou no quarto, ao lado de Travis.

- já vamos. - Vanessa respondeu.

passei em sua frente, mas tivemos meio que um confronto no corredor, porque ela se esbarrou em mim, de propósito.

- escuta, qual é o seu problema? - cruzei os braços, me virando para ela.

- nenhum. - respondeu, calma.

- já te falei que você me irrita?

- por que não diz isso, olhando nos meus olhos? - se aproximou de mim, me olhando com a sobrancelha arqueada.

- com prazer. - me aproximei mais dela. - você me irrita. me irrita muito.

- o ódio cis. - Lili riu alto, quebrando qualquer contato visual meu e de Vanessa.

- ela tem raivinha de mim, porque acha que eu tomei o lugar dela. - Vanessa riu sarcástica.

- cala a boca! - pedi, suspirando pesado.

- acredita nisso, Travis? - Vanessa perguntou, em um tom irônico. - ela acha mesmo que vocês agora, gostam mais de mim.

- eu já mandei calar a boca. - sem pensar direito, empurrei-a fortemente.

- se tocar mais um dedo em mim, eu juro que...

- que o quê? - sorri debochada. - que vai fazer comigo, o mesmo que o seu pai fazia com as mulheres? acha que eu não sabemos quem é o seu pai? um dos maiores mafiosos dessa cidade?

- Mads, chega. - Travis murmurou.

- isso, acalme a sua amiga. ela não sabe o que está dizendo. - Vanessa suspirou pesado, olhando para os lados.

- por que não sei? não sei o que seu pai faz na cidade? não sei qual o passado dele? ah, me poupe! todo mundo sabe muito bem que o seu pai é a própria reencarnação do diabo!! - falei sem pensar e rapidamente, Vanessa acertou em cheio, um tapa em meu rosto.

sem pensar duas vezes, revidei o tapa na mesma, ela me olhou com raiva e começamos a brigar sério.

vi que todos vieram em nossas direções, ouvia a voz de Cole e Kj pedir para pararmos, diferente de Camila, que implorava para que a gente continuasse.

só que antes de continuarmos isso, senti alguém segurar a minha cintura e me separar de Vanessa.

quando me virei, vi que era Travis, assim como vi que o meu irmão, tentava segurar Vanessa.

- me solta, Travis! eu vou acabar com ela. - tentei me soltar do mesmo.

- para, Madelaine!! me escuta, se não parar com isso, vou ficar chateada com você. muito chateada. - Lili disse séria, parando em minha frente. suspirei pesado e assenti, parando de me debater.

olhei para Vanessa que estava com o cabelo todo bagunçado e o rosto ferido, me imagino estar na mesma situação. percebi que todos me olhavam e deixei-os de canto, me soltando de Travis e indo para o meu quarto.

Vanessa Morgan pov.

- temos que conversar, agora! - Shaun falou, autoritário.

- eu vou para a minha casa. - respondi-o, sentindo a minha raiva só aumentar por estar nessa casa.

- vou com ela. - Camila disse, pegando o seu celular.

- acho que agora ela precisa ficar um pouco sozinha, Cami. as duas. - Cole comentou envergonhado.

- tudo bem. - bufei, pegando na mão de Camila e abrindo a porta, saindo daquele local.

[...]

cheguei em casa e irritada da forma que 'tava, fui direto para o banho.

eu demorei alguns minutos lá dentro, mas quando saí, prendi o meu cabelo em um rabo de cavalo e coloquei um pijama confortável.

sentei-me em minha cama e fiquei encarando o nada, assim como Camila, que estava sentada e quieta.

- foi tenso. - Camila quebrou o silêncio.

- foi. - respondi. - eu sempre tive esses comportamentos agressivos. mas hoje, saí de mim.

- já a Mads... não é assim. - disse. - ela sempre foi calma, tão calma que até assustava. mas depois da morte do pai dela, ela ficou assim. parece que mais agressiva, eu não sei.

- o pai dela está morto? [N/A: perceberam que eu amo matar os pais nas histórias, !?].

- sim, ele está. e francamente, não leve em consideração tudo isso o que ela disse sobre o seu hoje. sei o quanto deve estar sofrendo por.. seu pai estar... bem... preso.

- tudo bem. - sorri bem fraco. - mesmo que ainda seja o meu pai... eu sei que ele merece pagar por tudo aquilo que ele fez. com todas as pessoas.

- mas mesmo assim, dói. não dói!? - me olhou nos olhos, respirando fundo.

- dói. - respondi sincera. - sinto a falta dele. mas odeio, realmente odeio, quando me comparam com o meu pai. quando dizem que eu me pareço com ele. fico com muita raiva quando dizem que pareço na personalidade.

- olha, eu não conheci o seu pai e sei que não devemos julgar pelo que dizem. mas sobre tantas coisas que falam dele... e.. e até você afirmando agora.. eu tenho quase certeza de que você não é nada como ele.

- então, por que as pessoas não pensam como você? todos eles querem me julgar, Camila. querem me julgar por uma coisa que o meu pai é.

- não liga para isso. você é mais que isso. - pegou em minhas mãos, sorrindo sincera para mim.

- não sei se sou... - cocei a nuca.

- mas eu sei que é. se você não confiar em si própria, quem vai confiar? - ela colocou a mão em meu queixo, para que eu levantasse o meu olhar para ela.

- ninguém..

- pois é, ninguém! - repetiu. - por isso que precisa acreditar um pouco mais em você. você consegue passar por cima de tudo isso. sei que consegue.

- me ajuda nisso? por favor, não quero ter que passar por tudo isso... sozinha. não outra vez.

- eu te ajudo, se também me ajudar. - sorriu. - juntas sempre, ok!?

- juntas sempre!

e nessa noite... não foi só um problema que foi criado.

foi um laço.

seventeen - madnessa.Onde histórias criam vida. Descubra agora