capítulo 37.

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Vanessa Morgan pov.

eu reencontrei os meus antigos amigos.

estávamos todos conversando, eles conheceram Verônica e ocorreu tudo bem.

confesso que eu achei que seria chato reencontrá-los.

é, no início ficou aquele clima ruim, mas agora, depois de tanta conversa, está tudo ótimo.

Madelaine Petsch pov.

me reaproximei dos outros que estavam sentados nos sofás e os entreguei bebidas.

virei o meu olhar para uma morena que eu não conhecia ou ao menos não me recordava.

- olá. - sorri fraco para ela.

- vamos dançar? - Travis os chamou, parecendo que queria fugir do lugar.

- fica descansando um pouco aí, você deve estar cansada. - Lili me deu um beijo na bochecha.

- ok. - sorri para eles, que saíram. me deixando apenas com a morena e uma branquinha.

- por que não vai também? - a morena perguntou para a outra, que estava com as mãos por volta dos ombros dela.

- eu vou, amor. depois vem também. - a branquinha deu um selinho na mesma e depois olhou para mim, sorrindo simpática. - com licença.

dizendo isso, ela saiu.

ficando agora, só eu e a morena.

- você é daqui mesmo? - perguntei, tentando puxar algum assunto.

- na verdade, eu era. depois me mudei para o interior e agora estou de volta. e você? - deu um gole da sua vodka.

- também já fui daqui, mas tive que sair da cidade por alguns motivos. - respondi-a.

- por quanto tempo ficou fora? - ela perguntou meio alto, por conta da música que havia aumentado.

- uns... dez anos. - dei de ombros.

- o mesmo tempo que eu. - ela me olhou, como se estivesse tentando me recordar.

- eu te conheço de algum lugar, não conheço? - perguntei. eu acho que estou começando a me relembrar.

- eu não sei. mas acho que sim. - ela coçou a nuca, me olhando mais de perto.

- seu nome é...?

- Vanessa Morgan. e o seu? - ela disse e só assim, eu me lembrei.

puta merda...

eu estava falando com a Vanessa esse tempo todo?

ela está... diferente.

- Madelaine Petsch. - murmurei e ela teve a mesma reação que a minha.

- Mads? - ela se aproximou de mim, ainda incrédula.

- e... eu... eu não... não t-te reconheci.. - abaixei o olhar, envergonhada.

- eu também não. você está... diferente. - ela me olhou de cima a baixo e eu sorri fraco.

- é, diria o mesmo de você... - comentei.

como faço para conversar normal com ela agora?

- quer sair daqui? - Vanessa perguntou e eu hesitei um pouco, mas assenti.

fomos para fora da casa, ficamos sentadas no jardim, caladas e tensas.

o único barulho que conseguíamos ouvir, era da música que estava alta, mas por fora, nem tanto.

- você está namorando com aquela moça? - quebrei o silêncio.

- estou. - sorriu.

- ela é bem bonita. - sorri sincera.

- e você bem... você está... grávida... - ela olhou para a minha barriga e eu passei a mão pelo local, assentindo e sorrindo fraco.

- seis meses. - respondi-a. - é um garoto.

- parabéns. e o marido? - perguntou indiscreta.

- sou mãe solteira. - falei, totalmente séria. - eu não me sentia muito bem no meu antigo relacionamento... terminamos e depois de um bom tempo, resolvi fazer inseminação. o meu sonho era ser mãe.

- entendo. - suspirou pesado. - posso perguntar...? por que... por que havia fugido naquele dia?

ao me lembrar, senti o meu peito doer. algumas lágrimas caíram, eu não pude controlá-las.

- me desculpe tocar no assunto. - disse ela.

- não, tudo bem. - sequei as lágrimas. - eu vou te contar, mas não sei se esse é o momento ou o lugar adequado.

- pode ficar despreocupada, só estamos nós duas aqui. - tranquilizou-me. - e se você se sentir confortável, pode começar.

- o seu pai... ele... - eu não me sentia confortável falando sobre isso, mas eu tinha que dizê-la.

- o papai está morto. - ela confessou e eu olhei-a rapidamente. sem reação alguma.

- eu... sinto muito... - murmurei, olhando para baixo outra vez.

- pode continuar. - murmurou de volta e eu de continuidade.

- o seu pai havia... me ameaçado de morte. naquele dia, Vanessa, o Kj foi me avisar que eu estava correndo perigo, minutos depois, eu recebi um email do seu pai, ele me prometeu que não tocaria um dedo em você, se eu saísse da sua vida. eu não tive escolha, ele me fez sair da cidade, disse que assim, não machucaria nem você, nem os meus amigos. eu achei que tinha sido o melhor a se fazer.

- eu tinha certeza que o Kj sabia de algo. - ela bateu na grama. - ele estava super estranho.

- ele não poderia contar para ninguém, caso contrário...

- por que não me contou? poderíamos ter acabado com ele juntas! - suspirou pesado e eu sorri ao ouvi-la dizer.

- juntas... da última vez que falamos isso... fizemos uma promessa que não poderíamos cumprir.

- que seríamos eu e você contra o mundo? - me olhou séria, porém eu sabia que lá dentro, ela estava tão magoada quanto eu.

- é, que éramos mais fortes juntas.

- nós éramos... - repetiu, olhando em meus olhos.

abaixei a cabeça outra vez, suspirando pesado. Vanessa fez o mesmo e o clima tenso novamente.

- éramos novas para encarar tudo aquilo, né... - Vanessa voltou a dizer.

- até que não. - dei de ombros. - já éramos adultas.

- mas éramos jovens. não tínhamos certeza do que queríamos mesmo. - me olhou séria.

- eu tinha muitas certezas do que eu queria. - olhei-a séria também.

- então, o que acha que deveríamos ter feito?

- nada.

- nada?

- só acho que amávamos, mas não sabíamos como deveríamos amar.

seventeen - madnessa.Onde histórias criam vida. Descubra agora