capítulo 9.

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Vanessa Morgan pov.

- é claro, Camila. claro. é por isso que a Madelaine me odeia tanto. - falei óbvia, rodando pelo meu quarto.

- meu Deus... eu não sabia disso. - Camila murmurou, ainda incrédula.

- por que caralhos o meu pai tinha que acabar com a vida das pessoas assim? qual era a porra do problema dele? eu fazia de tudo por ele... quando chamavam ele daquelas coisas, quando as pessoas caíam matando em cima dele, era eu, Camila.. eu que o ajudava, eu falava, "não, o meu pai é um homem bom". mas... é esse o homem bom? afinal, quem eu estava protegendo esse tempo todo?

- sinto muito por você. - ela segurou em minhas mãos e eu as soltei, me virando de costas outra vez, enquanto continuava a andar pelo quarto.

- o meu pai deveria ter negócios com a família Petsch ou eles deveriam ser rivais. dos dois um, meu pai sempre destruiu famílias por esses dois motivos. que na verdade, não são motivos. - suspirei pesado. - e sim, me sinto uma idiota por tudo aquilo que fiz a Mads passar.

- a Mads é a minha amiga, eu odeio vê-la sofrer. ela deve estar muito mal. e é por isso, Vanessa. por isso que ela não gosta de você. - falou, como se tivesse descoberto o mundo.

- sim, é por isso. - bufei. - eu confesso, eu era uma escrota, metida, popular e patricinha. a filhinha de papai, riquinha, que sempre tinha tudo o que queria. por isso eu me achava no direito de fazer isso com todo mundo. mas a Mads... a Mads sempre foi quieta, que sentava na frente e era uma nerd.

- ela usava óculos, aparelho e sempre estava com uma camisa de super heróis, né!? também, amava tecnologia. - Camila completou. - pois é, essa era Madelaine Petsch no ensino médio.

- mas a Mads mudou muito. - Camila e eu nos assustamos, ao ouvirmos a voz de Lili dizer. - antes que perguntem, a porta estava encostada.

- tudo bem. - sorri fraco para ela. - pode entrar.

- a Madelaine sofreu muito e isso fez, com que ela mudasse pra um caralho. - Lili continuou.

- e ela está uma gostosa. - Camila riu, tentando descontrair.

- você acredita em mim, Lili? - perguntei, me virando para ela. - acredita quando digo que eu me arrependo do que fiz e quando digo que, eu não tenho culpa de nada do que o meu pai fez?

- não te conheço, Vanessa. - Lili começou. - mas eu vejo pelo seu olhar que... que você agora, possa ser uma pessoa diferente. e sei que, não tem culpa do que o seu pai fez. culpa nenhuma.

- obrigada por isso. - sorri fraco. - mas por que só a Mads não vê isso?

- porque foi com ela, Morgan. - Camila respondeu, parecendo irritada. - caramba, foi com ela tudo isso que aconteceu. ela sofria bullying, logo depois ela havia terminado com o namorado e dias depois, descobriu que o seu pai estava morto. o que quer que ela pense?

- já falei que eu sinto muito por ela...

- mas sentir muito, infelizmente não adianta em nada! - ela gritou, super alterada. - por mais que... que eu também sinta muito por tudo o que você passou, que eu não sei que não foram poucas coisas.

abaixei a cabeça e deixei que uma lágrima escapasse, levantei o meu olhar outra vez e vi que Lili olhava sério para Camila.

- desculpa. - Camila suspirou pesado. - é que eu sempre fui uma das melhores amigas da Madelaine e sempre odiei vê-la sofrer.

- Camila sempre protege os seus amigos com unhas e dentes. assim como ela faz com você. - Lili sorriu sem graça.

- eu faria de tudo pelos meus amigos.

Madelaine Petsch pov.

- aquela briga foi séria mesmo. depois disso, vocês não se falaram mais, baby? - Travis perguntou, se virando para mim.

- não, baby. não mais. - suspirei pesado. - e graças a Deus. ela não sabe o quanto a presença dela me deixa desconfortável.

- eu acho que vocês deveriam conversar. sabe? tudo bem que você sofreu muito, eu entendo isso. mas e a Vanessa com isso tudo, em? o pai dela indo preso... ela pagando por coisas que não foi ela que fez.. caramba, ela não deve estar nada bem.

- acha mesmo que eu devo conversar com ela, Travis? por que eu não me sinto nessa obrigação? - perguntei.

- porque isso tem que partir de você ou de uma das duas. não de pressão psicológica de ninguém. por isso que você se sente na obrigação, não é para ser assim. você tem que ir, por vontade mesmo.

- eu vou pensar sobre isso.

- vai mesmo? - sorriu.

- vou, vou precisar de um tempo sozinha para pensar.

seventeen - madnessa.Onde histórias criam vida. Descubra agora