capítulo 8.

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Madelaine Petsch pov.

- você vai me matar, mas a gente precisa conversar. - ouvi a voz de Vanessa dizer e quando me virei, ela vinha em minha direção, fechando a porta do meu quarto e se sentando em minha cama, ao meu lado.

- o que você quer? vá embora agora! - falei rude.

- por que isso, hm? por que estamos brigando tanto? nós nem nos demos a chance de nos conhecer e estamos praticamente como... cão e gato. eu sei lá qual nome eu devo dar para isso, mas vamos parar, por favor.

- você é igualzinha ao seu pai. não quero conta contigo! sai da minha casa agora!! - pedi, ainda tentando manter a calma.

- qual o seu problema com o meu pai, Madelaine? ele te fez alguma coisa? e por que tanto ódio de mim assim? o que eu te fiz?

- você quer mesmo que eu diga? você é realmente muito cínica, não é!? como se acha no direito de vir aqui na minha casa, achando que tem alguma moral para dizer algo, depois de tudo? - me exaltei, me levantando e ficando cara-a-cara com ela.

- do que você está falando? - ela se levantou também.

- eu estou falando do seu pai ter matado o meu pai! - gritei, deixando que algumas lágrimas caíssem diante a minha própria frase.

- o quê...? como... c-como assim? - ela se sentou outra vez, com os olhos também, marejados.

- você é muito sonsa, Vanessa. vai me dizer que também não se lembra que estudamos juntas? no ensino médio? e que você fazia bullying comigo, com as suas amigas ridiculamentes patricinhas e ricas?

- bully... ai meu Deus, você era a garota do "geek"? - ela fez aspas com as mãos, me olhando incrédula. - aquela garota que usava óculos e aparelho? ai meu Deus, Madelaine! eu não fazia ideia de que era você!!

- eu te odeio, você é uma filha da puta. você acabou com o meu brilho, me destruía naquela escola com aquelas suas amigas... podres, assim como você. - murmurei, chorando e empurrando-a para trás.

- Mads, me desculpe. - ela segurou os meus braços, na tentativa de me acalmar. - por favor... você não sabe, não sabe o quanto me arrependo. quando o meu pai foi preso.. eu entendi o quão idiota eu estava sendo, o quão estúpida e nojenta, fazem... anos já, por isso, perdi anos da minha vida, andando com aquelas vadias, só porque eu me achava alguém popular, mas depois, quando eu senti tudo aquilo que eu fazia as pessoas sentirem, especificamente você, eu juro que parei. eu me afastei de todas aquelas garotas, eu nem onde elas estão agora. só... me perdoa.

- então, você acha que é assim? você e o seu pai fazem estragos na minha vida, e acha que vou te desculpar porque... porque está me pedindo perdão? só por isso?

- é de coração, eu juro por Deus. - ela deixou uma lágrima cair, já desesperada.

- vá embora e não volte nunca mais aqui!

- eu não sabia que o meu pai tinha matado o seu pai, se eu soubesse, eu nunca teria nem pensado em brincar daquele jeito com você.

- primeiro, aquilo não era um tipo de brincadeira, aquilo era bullying, eu já havia tentado tirar a minha vida por causa daquilo. e segundo, Vanessa. que eu não quero que coloque o nome do meu pai na sua boca.

- Mads...

- vá embora, por favor.. não me faça falar outra vez.

seventeen - madnessa.Onde histórias criam vida. Descubra agora