capítulo 39.

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Vanessa Morgan pov.

- vocês vão ficar? - perguntei para Camila e Kj que concordaram com a cabeça. - ok, então... eu vou indo nessa.

- não. fique, por favor. - Travis pediu, quase chorando. ele é muito dramático.

- sim, Nessa. fica mais com a gente. - Lili juntou as mãos.

- temos que ir. não dá para ficar. - murmurei, pegando a mochila de Verônica e colocando-a no banco de trás do carro.

- fique. - todos nós nos viramos confusos e surpresos, ao ouvirmos a voz de Madelaine dizer. quando me virei, vi que ela me olhava com os olhos quase fechados, por conta do sol que estava muito quente. eu olhei para Verônica, que me olhou e cruzou os braços.

- eu? por que quer que eu fique? - perguntei, me aproximando mais dela.

- não conversamos muito. - ela disse. - e eu estou me sentindo muito sozinha. você era a pessoa que mais me entendia e mais ficava ao meu lado, talvez... ainda me entenda.

sorri ao ouvi-la dizer e assenti para ela, mas quando me virei, vi que Verônica não me olhava com uma das melhores reações.

- eu tenho que ir, preciso resolver algumas coisas lá. - olhei outra vez para Mads. - mas eu volto. - falei bem próximo ao seu ouvido, lhe dando um abraço fraco e indo abraçar os meus outros amigos.

Madelaine Petsch pov.

- Madelaine, Madelaine. o que foi aquilo, em? - Travis sorriu daquele jeito malicioso, dando um tapinha em minha perna.

- não é nada disso que você está pensando, bonitinho. - neguei, devolvendo o seu tapa. - só queria conversar mais com ela, de verdade mesmo. tentar entender como estão as coisas. conversamos muito pouco.

- entendo. - ele suspirou pesado, voltando a ficar sério. - mas e você? nós dois que não conversamos nada!

- eu sei que não. - dei uma risada nasal, olhando para baixo. - sobre o que quer saber?

- a verdadeira pergunta é: sobre o que quer me contar?

- como assim? - é claro que eu sabia o que ele estava falando. só não queria chegar nesse assunto agora.

- Mads, eu te conheço muito bem. ok, podem ter sido dez ou mais anos que não nos vimos, mas ainda sim, eu te conheço. desde que você voltou, você está agindo diferente. parece que está fechada, com medo.

abaixei a cabeça, ouvindo-o dizer. é, eu realmente não sei disfarçar nada.

- Madelaine, você não se veste mais como antes! só usa essas blusas de mangas compridas e essas calças. seu cabelo só anda preso e você agora, vive coberta de maquiagem. o que está havendo com você? sabe que pode confiar em mim. me conte!

é, eu sei que posso confiar nele.

suspirei pesado, levantando o meu olhar e concordando comigo mesma. Travis é o meu melhor amigo, não vou conseguir esconder isso dele.

levantei um pouco mais as mangas da blusa que eu usava, mostrando os meus braços feridos e com fortes marcas.

fiz o mesmo com a minha calça, mostrando-o os meus machucados doloridos.

- ah, meu Deus! o que infernos aconteceu com você? quem te fez isso? é por isso que só usa maquiagem o tempo todo? por isso as roupas largas? Mads, por que nunca me disse isso? - ele se desesperou, se levantando.

- Travis, seja discreto, por favor. - pedi, olhando para os lados para ter a total certeza, de que nenhum dos nossos amigos estivessem ouvindo isso.

para eles, eu contaria depois.

- tenha calma. - pedi outra vez, o sentando novamente. - o meu ex namorado, o Fencer. ele que fazia isso comigo, por isso que quando você me ligou pedindo para eu fazer uma visita, eu não pensei duas vezes antes de aceitar o convite. depois de um tempo, Fencer havia começado a se envolver com drogas e tráfico, aí você já sabe o resultado, né!?

- meu Deus, eu não consigo nem piscar. - ele disse, seriamente. - deveria ter me contado antes! muito antes!!

- e colocar a sua vida em risco? não, muito obrigada. - respondi-o ironicamente. - eu não podia. o Fencer já surtava horrores quando você me mandava mensagens, imagina só se ele descobrisse que você sabia das coisas que ele fazia.

- mas agora você não corre risco nenhum, né?

- não. nem eu, nem o meu bebê. - passei a mão pela minha barriga, suspirando aliviada.

- então vem para cá, Mads. - pediu, pegando em minhas mãos.

- não dá. sem contar que eu nem tenho lugar para ficar. - comentei.

- Mads, existem milhares de condomínios em Brasília. você pode até voltar a morar naquele que você morava antes. aí você pode ficar muito bem aqui em casa, até se mudar completamente. - sugeriu. - por favorzinho.

- eu não sei se estou pronta para voltar. - cocei a nuca, pensativa.

- tudo bem, te entendo e sei que é difícil, ainda mais que agora, tem um filho na barriga. mas eu não quero que se sinta sozinha lá. aqui, você pelo menos tem a gente.

- eu sei que tenho. - sorri, pegando as suas mãos.

- então você fica? - perguntou.

- ok, eu fico!

seventeen - madnessa.Onde histórias criam vida. Descubra agora