capítulo 33.

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narradora pov.

- anda, você vai se atrasar para o trabalho! - Lili rapidamente grita para Cole.

- eu já estou indo. - Cole grita de volta, do outro lado.

Lili continua batendo os pés e revira os olhos, Cole logo chega e Lili o ajuda a consertar a sua gravata.

- é a sua primeira semana, não pode chegar atrasado. - ela persiste.

- tudo bem então. - Cole diz.

eles concordam e Lili entra no carro, Cole se senta ao seu lado e ela começa a dar partida.

- Cole, você é gay? - Lili pergunta, quebrando o climão que havia se instalado dentro daquele carro.

- eu? não... por que acha que eu seria? - olha para o lado.

- não sei, só me veio na mente. as vezes você age estranho. - comenta.

- não... eu gosto de mulheres, apenas.

será mesmo, meu caro amigo Cole!?

bom... mas agora vamos virar a página e vamos ver como estão as coisas com Camila e Kj.

- as contas não estão batendo. como assim? - Camila põe a caneta na boca, preocupada.

- esse mês vieram altas. - Kj concorda.

- altas? só altas? vieram impossíveis de pagar! - Camila quase choraminga.

- o que vamos fazer? - Kj pergunta, passando a mão em seus cabelos ruivos.

- desse jeito, vamos ser despejados. - Camila olha nervosa para o seu companheiro.

- ah, não! - Kj cruza os braços, como uma criança.

- para de ser gay! temos até o final desse mês para conseguirmos pagar isso certinho. - Camila dá um forte tapa em seu braço.

- fazer isso sem nos prejudicar, vai ser difícil.

ih, parece que as coisas não estão muito boas ali, né!?

já com Vanessa...

- você não acha que é um passo muito grande? - Vanessa pergunta para a sua namorada, que nega com a cabeça.

- você não quer, então!? - Verônica cruza os braços.

- não é isso. só acho que estamos dando um passo muito maior que a perna. - Vanessa pega em suas mãos.

- vamos fazer quase um ano juntas. - Verônica insiste.

- meu amor, deixa eu te dizer uma coisa. - Vanessa começa, de uma forma meio sarcástica. - desculpa te informar, mas um ano hoje em dia, não é muita coisa não.

- está dizendo que tudo o que a gente viveu, não foi nada?

- não é isso. - Vanessa suspira pesado. - é só que a gente tem que realmente fazer isso, porque nos sentimos bem e estamos prontas, não por causa de tempo.

- entendo. - Verônica concorda, ainda com o pé atrás, mas concorda.

- então, o que acha de pensarmos em morarmos sozinhas lá para frente, em!? - Vanessa dá um sorriso para ela.

- tudo bem, eu espero.

hum, chega de dr de casais.

agora, será que Madelaine já está melhor?

vamos nos certificar.

- você vem comigo? - Fencer pergunta, pegando a sua carteira.

- você acha que eu vou sair desse jeito? - Madelaine lhe mostra as marcas e machucados, que o mesmo deixou nela. - e se me perguntarem?

- faz uma maquiagem, sei lá. inventa. - Fencer dá de ombros.

- ah, claro. é óbvio que uma base e um pouquinho de sombra vai cobrir isso aqui. é claro que se eu pôr um moletom nesse calor, ninguém vai desconfiar. e é claro que se eu disser que esses fortes machucados, foram que eu me bati em algum cômodo da casa, vão acreditar. - Madelaine diz irônica.

- você já está me irritando. - Fencer suspira pesado.

- Fencer, qual o seu problema? por que levantou a mão para mim naquele dia? você poderia ter sido o que fosse, mas você não tocava um dedo em mim. - Madelaine se aproxima dele.

- eu já disse que foi por impulso, meu amor. - Fencer tenta reverter a situação, pegando carinhosamente e falsamente, a mão de sua namorada. - eu cheguei bêbado, não estava pensando em nada direito.

- sabe que isso não vai colar comigo, né!? - Madelaine ri meio óbvia.

- eu estou sendo sincero. - o mesmo finge uma cara de choro.

- tudo bem. eu deixo passar. - e a ruiva mente.

- eu te amo, Mads.

é, pelo o que nós vimos, as coisas estão cada vez piores.

mas será mesmo que Madelaine vai deixar passar?

eu estou achando que não.

mas... a pergunta que não quer calar.

alguém mais percebeu uma coisa diferente, porém comum entre os seis? me digam que não foi só eu.

todos, literalmente todos, esqueceram do seu passado.

não querem mais lembrar de amigos.

da cidade onde moravam.

de nada.

não querem lembrar nem se um dia, amaram mesmo aquela pessoa.

seventeen - madnessa.Onde histórias criam vida. Descubra agora