É noite de Halloween e o prefeito de Gotham acabou de ser assassinado por um novo serial-killer que está desmascarando as mentiras da cidade.
Já faz dois anos desde que o vigilante noturno apareceu, se escondendo nas sombras e atacando quando não es...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
ERA QUINTA-FEIRA, 31 DE OUTUBRO. As ruas de Gotham estavam cheias devido ao feriado. A chuva intensa parecia não interferir no animo das pessoas que comemoravam. Mas escondido no caos, o elemento esperava para atacar.
Como um morcego, ele se escondia nas sombras, caçando a presa perfeita para enfim dar o bote. Observando. Dois anos na noite, se exilando, o transformaram num animal noturno, ensinando-o a escolher seus alvos com atenção. E naquela cidade grande, não era como se ele conseguisse estar em todos os lugares ao mesmo tempo.
Mas ele não sabiam onde ele estava. Entretanto, havia um sinal para quando precisassem dele — o mesmo sinal que brilhava no céu em formato de morcego. Não foi por qualquer motivo que aquele animal o representava.
Antes, enquanto se preparava, aplicando a tinta oleosa preta ao redor dos olhos, seus traje espalhado na cama do antigo quarto deles, seu coração o quebrou ao lembrar por quem estava fazendo isso. Aquele não era mais o quartos dele e de Harlow, agora só era dele.
Harlow. Griffin. Sua noiva. Melhor amiga. Confidente. Parte de sua alma... A garota que ele mais amou e, mesmo assim, conseguiu quebrar. Lembrar dela doía mais do que os cortes e hematomas que seu corpo recebia a cada luta. Ainda mais se ele lembrasse que ela dormiu no quarto em frente ao seu, apenas alguns metros de distância, mas que um muro fora construído entre o Príncipe e a Princesa de Gotham.
As coisas mudaram drasticamente nos últimos dois anos. Ele sabia que havia ferido ela, mas tentava até hoje achar conforto no pensamento de que ele não estava colocando sua amada em perigo. A todo custo, ele tentava dizer a si mesmo que não a amava mais, que odiava a versão mandona e fria que ela havia adquirido.
Entretanto, lá no fundo, ele sabia que não era mais apenas uma fachada. Fora ele quem transformara Harlow em um monstro? Será que ele tinha magoado e ferido tanto ela que a única solução para aguentar continuar respirando foi se fechar do mundo e de todos?
Todas as noites, ou melhor madrugadas, quando voltava para casa e tinha certeza de que Harlow estava dormindo, ele parava em frente a porta do quarto de visitas que se tornara o dela quando pararam de dormir juntos depois de uma briga feia no ano passado. Ele tentava tomar coragem e entra, deitar ao lado dela e puxá-la para os seus braços, sussurrar seu segredo mais sombrio e implorar para que ela o perdoasse.
Mas aquele era o mundo real. Eles moravam em Gotham. Bruce sendo um Wayne já a tornava um grande alvo, e se soubessem que ela era o verdadeiro ponto fraco do vigilante noturno, então a usariam contra ele — poderiam sequestrá-la, torturá-la, e se não entregasse a informação que queriam, poderiam matá-la. E Bruce não saberia lidar novamente com a dor de perder alguém importante para ele.
Bruce estava tentando se concentrar na cena do assassinato do Prefeito Michell. Antes de receber o chamado de Gordon, ele havia brigado contra um grupo de garotos com o rosto pintado como palhaços, espalhando o caos pela cidade e atacando inocentes por diversão.