𝐂𝐀𝐏𝐈́𝐓𝐔𝐋𝐎 𝟏𝟎 • Annika Kosolov

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BRUCE HAVIA observado a garota do Iceberg Lounge sair correndo de lá assim que viu a forma do vigilante

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BRUCE HAVIA observado a garota do Iceberg Lounge sair correndo de lá assim que viu a forma do vigilante. Ela usava botas extremamente parecidas com a da garota da foto com o ex-prefeito Mitchell, o que era estranho demais para ser apensas coincidência.

Assim, ele tinha seguido ela de moto quando a viu entrando em um táxi, indo para um bairro perigoso de Gotham. Sem os trajes do vigilante, ele tinha pegado a escada de incêndios até o telhado de um prédio abandonado em frente ao que viu a garota entrando. Com um par de binóculos, ele a viu entrar no apartamento, correndo para abraçar uma outra garota que parecia estar chorando desesperadamente. Não tinha como ser mais uma coincidência a outra garota se parecer com a da foto.

Entretanto, minutos depois, com uma agilidade fora do comum, ela se esgueirou para fora do apartamento com maestria e saiu com moto pelas ruas noturnas da cidade. Mantendo distância, ele voltou a segui-la por um caminho que ele sabia bem fazer.

Seria aquela garota uma ladra? Ela tinha agilidade demais para ser apenas uma pessoa normal. Seus passos eram tão silenciosos e os movimentos graciosos... Mas ele também era. Bruce tinha acabado de descer da clarabóia usando o gancho, no exato momento em que ela tinha conseguido abrir o cofre da casa do ex-prefeito.

— Você é muito boa nisso — disse ela.

Isso a assustou. O primeiro instinto dela foi golpeá-lo múltiplas e seguidas vezes. Por mais que fosse alta e seus golpes fossem bem executados, ainda lhe faltava força — pelo menos para machucar alguém como ele, até Harlow conseguia chutar melhor do que ela.

Ela já estava ofegante, a máscara de ski cortada não favorecia a respiração. Ela tentou derrubá-lo com um golpe giratório nos pés, mas ele se esquivou com maestria. Péssima tentativa, mas ela tomou impulso pelas paredes até estar elevada, tentando derrubá-lo e falhando miseravelmente de novo. Bruce a prendeu contra uma mesa redonda de madeira, facilmente a prendendo e tomando o que parecia ser um pequeno caderno de suas mãos.

— Me dê isso — mandou ela, tentando agarrá-lo.

Annika Kosolov — leu ele, percebendo que aquilo era um passaporte. — Ele machucou ela? Por isso matou ele?

— O quê? — exclamou ela, em pânico. — Ah, por favor, me dê a droga do...

Bruce tampou a boca dela com a mão enluvada, puxando-a para trás de uma parede. Ela tentou se libertar, atingi-lo de alguma forma, mas a figura forte e grande de Bruce não permitiu que ela conseguisse.

Ela apenas parou de se mexer quando ouviu passos reverberando pelo assoalho, algo que Bruce havia notado antes dela. A luz de uma lanterna iluminou a sala. Era um policial da polícia de Gotham que ainda estava guardando a casa caso o serial-killer voltasse, agora pela esposa e o filho de Mitchell.

Segundos que pareceram minutos foram necessários até o policial desaparecer para o andar debaixo. Finalmente, Bruce a deixou ir.

— Escuta, querido, você entendeu errado, tá? — disse ela, virando para encará-lo. — Não matei ninguém. Estou aqui pela minha amiga. Ela quer cair fora, e o filho da puta roubou o passaporte dela.

Killer Queen ♦︎ 𝐁𝐫𝐮𝐜𝐞 𝐖𝐚𝐲𝐧𝐞Onde histórias criam vida. Descubra agora