𝐂𝐀𝐏𝐈́𝐓𝐔𝐋𝐎 𝟐𝟑 • Beco do Crime

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A ANTIGA MANSÃO Wayne ficava nos fundos de Gotham, próximo a zona rural, afastada de toda a poluição da cidade

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A ANTIGA MANSÃO Wayne ficava nos fundos de Gotham, próximo a zona rural, afastada de toda a poluição da cidade. A construção, entretanto, estava aos pedaços, devido ao tempo e mau uso. Anos atrás, aquela teria sido a casa de Bruce, mas seus pais a doaram para que um orfanato ali fosse construído.

Bruce não teve problemas com aquilo, afinal sabia que ficar mais perto da cidade era bom para seus pais e as Empresas Wayne. A Torre era tinha passado a ser sua casa, mas nas últimas semanas, ele se perguntava se ele gostaria mesmo de passar todos os seus anos de vida na cobertura sombria.

De noite, sem a iluminação, a sujeira no chão, era um lugar macabro. Gordon nunca admitiria, mas seu coração o matava, os batimentos cardíacos o apunhalando a cada estalo do assoalho que ouvia. Sem pensar duas vezes, ele puxou a arma, colocando-a ao lado da lanterna em mãos.

— Sem armas — decretou o vigilante.

— Sem essa — negou Gordon. — Isso é coisa só sua.

Ele sentiu o olhar irritado dele em si, mas preferiu ignorá-lo do que guardar sua arma. Bom, agora Gordon estava mais assustado ainda. A chuva caia fortemente lá fora, dificultando o trabalho conforme encharcava os corredores e água escorria pelas paredes.

O que chamou atenção foras as setas desenhadas nas paredes com uma substância gosmenta. Jogando a luz da lanterna, pela cor da tinta, Gordon sabia o que deveria ser — sangue coagulado. Com o coração prestes a saltar da boca, eles subiram as escadas com muita atenção.

No andar de cima, uma música estranha soava de algum lugar. Ele e o vigilante se colocaram em alerta, em posição de luta ao pegarem uma figura humana com as lanternas.

— Ei! — gritou ele. — Ei!

Seja lá quem fosse, foi perseguido pelos dois para um cômodo grande que Bruce nem se lembrava o que costumava ser. Eles correram a luz pelo local, vendo os olhos sem foco e movimentos corporais letárgicos. Tinham muitos jovens agrupados ali. Pelo cheiro, os dois perceberam do que se tratava.

— Goteiras — resmungou Gordon, pensando em que deveria ligar para a delegacia para tratarem daquilo. — Mas o que é isso?

Então, a música estranha voltou a tocar. Era sombria e melancólica, alguma versão em italiano de "Ave Maria" pelo que eles conseguiram perceber. O vigilante seguiu a melodia até o final do corredor. Agora já era outro barulho — palmas.

Na porta dupla, pichado em tinta ver, estava escrito ONDE TUDO COMEÇOU.

— Obrigado. Muito obrigado — disse uma voz masculina. — Não foi lindo? Obrigado a todos.

Bruce sabia que lugar era aquele, um antigo salão usado para eventos com a imprensa. Eles adentraram, o chão molhado, as cadeiras bagunçadas e muitas delas quebradas. Um projetor estava ligado bem no meio da sala, um vídeo se projetando na parede vazia.

Killer Queen ♦︎ 𝐁𝐫𝐮𝐜𝐞 𝐖𝐚𝐲𝐧𝐞Onde histórias criam vida. Descubra agora