A ANTIGA MANSÃO Wayne ficava nos fundos de Gotham, próximo a zona rural, afastada de toda a poluição da cidade. A construção, entretanto, estava aos pedaços, devido ao tempo e mau uso. Anos atrás, aquela teria sido a casa de Bruce, mas seus pais a doaram para que um orfanato ali fosse construído.
Bruce não teve problemas com aquilo, afinal sabia que ficar mais perto da cidade era bom para seus pais e as Empresas Wayne. A Torre era tinha passado a ser sua casa, mas nas últimas semanas, ele se perguntava se ele gostaria mesmo de passar todos os seus anos de vida na cobertura sombria.
De noite, sem a iluminação, a sujeira no chão, era um lugar macabro. Gordon nunca admitiria, mas seu coração o matava, os batimentos cardíacos o apunhalando a cada estalo do assoalho que ouvia. Sem pensar duas vezes, ele puxou a arma, colocando-a ao lado da lanterna em mãos.
— Sem armas — decretou o vigilante.
— Sem essa — negou Gordon. — Isso é coisa só sua.
Ele sentiu o olhar irritado dele em si, mas preferiu ignorá-lo do que guardar sua arma. Bom, agora Gordon estava mais assustado ainda. A chuva caia fortemente lá fora, dificultando o trabalho conforme encharcava os corredores e água escorria pelas paredes.
O que chamou atenção foras as setas desenhadas nas paredes com uma substância gosmenta. Jogando a luz da lanterna, pela cor da tinta, Gordon sabia o que deveria ser — sangue coagulado. Com o coração prestes a saltar da boca, eles subiram as escadas com muita atenção.
No andar de cima, uma música estranha soava de algum lugar. Ele e o vigilante se colocaram em alerta, em posição de luta ao pegarem uma figura humana com as lanternas.
— Ei! — gritou ele. — Ei!
Seja lá quem fosse, foi perseguido pelos dois para um cômodo grande que Bruce nem se lembrava o que costumava ser. Eles correram a luz pelo local, vendo os olhos sem foco e movimentos corporais letárgicos. Tinham muitos jovens agrupados ali. Pelo cheiro, os dois perceberam do que se tratava.
— Goteiras — resmungou Gordon, pensando em que deveria ligar para a delegacia para tratarem daquilo. — Mas o que é isso?
Então, a música estranha voltou a tocar. Era sombria e melancólica, alguma versão em italiano de "Ave Maria" pelo que eles conseguiram perceber. O vigilante seguiu a melodia até o final do corredor. Agora já era outro barulho — palmas.
Na porta dupla, pichado em tinta ver, estava escrito ONDE TUDO COMEÇOU.
— Obrigado. Muito obrigado — disse uma voz masculina. — Não foi lindo? Obrigado a todos.
Bruce sabia que lugar era aquele, um antigo salão usado para eventos com a imprensa. Eles adentraram, o chão molhado, as cadeiras bagunçadas e muitas delas quebradas. Um projetor estava ligado bem no meio da sala, um vídeo se projetando na parede vazia.
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Killer Queen ♦︎ 𝐁𝐫𝐮𝐜𝐞 𝐖𝐚𝐲𝐧𝐞
FanficÉ noite de Halloween e o prefeito de Gotham acabou de ser assassinado por um novo serial-killer que está desmascarando as mentiras da cidade. Já faz dois anos desde que o vigilante noturno apareceu, se escondendo nas sombras e atacando quando não es...