𝐂𝐀𝐏𝐈́𝐓𝐔𝐋𝐎 𝟕 • Rainha de Gotham

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ERA MAIS UMA NOITE onde Harlow estava ingerindo as pílulas que deixava em sua gaveta para casos de dor de cabeça como a que estava se aproximando

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ERA MAIS UMA NOITE onde Harlow estava ingerindo as pílulas que deixava em sua gaveta para casos de dor de cabeça como a que estava se aproximando. Horas sentada na mesma posição, encarando a tela do seu computador, faziam aquilo com uma pessoa. Ela tentou se alongar, girar o pescoço, o que produziu um grande estalo mas que não aliviou de forma alguma.

Desde o café da manhã com os contadores, ela precisou ler centenas de contratos e responder há vários e-mails não lidos de outras companhias que buscavam por ações, colaborações ou parcerias. Harlow queria poder ter alguma pessoa especialmente para resolver aquele tipo de coisa, mas tinha noção das obrigações que apenas ela poderia resolver.

Já era tarde, Kate e os outros funcionários já haviam ido embora faz tempo. Em toda Torre Wayne, apenas a sua sala ainda estava acesa. Aproveitando as horas de paz, ela se permitiu fechar os olhos por alguns instantes, respirando fundo e tomando coragem para terminar seus afazeres e sair dali para resolver outros assuntos.

— Imaginei que ainda estaria aqui.

A voz grave e masculina fez Harlow se assustar, levantando-se rapidamente com o coração batendo a milhões. Ao ver quem se aproximava, ela relaxou, colando a mão em seu peito para tentar acalmar as batidas desenfreadas e dolorosas.

— Você me assustou — sibilou ela.

— Peço desculpas — respondeu Alfred, pedindo permissão para se sentar na poltrona em frente a sua mesa. Sem nem pensar duas vezes, ela gesticulou que poderias. — Todos já foram embora. O que ainda está fazendo aqui?

— Fiquei atolada de contratos e e-mails — explicou ela, ajuntando uma pilha deles já lidos no canto da mesa. — Consegui começar a ver a planta dos Laboratórios Van Criss agora, o que me remete ao privamento das ações dele que pedi para os advogados.

— Os Laboratórios sempre foram a sua subdivisão favorita, não é mesmo? — perguntou.

Harlow levantou os olhos para encará-lo. Alfred a conhecia bem demais, assim como Bruce, o que sempre a assustava quando ele falava de algo profundo e que poucos conseguiam perceber sobre ela. Mas aquele era a figura paterna de Bruce, um homem que sempre fora doce e tranquilo com ela, que sempre lhe passou total confiança.

— Levando em consideração que eu tive que largar a faculdade de medicina no meu último ano, os Laboratórios Van Criss são a única coisa mais próxima do meu sonho — disse ela, com um certo tom triste.

— Nunca pensou em voltar a estudar? — questionou Alfred, curioso. — Sei que seu pai a forçou a se graduar em administração, mas sempre há tempo para fazer as coisas que gosta.

— E quem assumiria as Empresas Wayne? Bruce? — retrucou, suspirando. — Talvez alguns anos atrás eu ainda quisesse voltar, mas hoje eu percebo que eu não seria capaz. Eu gosto de estar no controle, Alfred, mas as vezes eu sinto falta de "colocar a mão na massa" de verdade.

Killer Queen ♦︎ 𝐁𝐫𝐮𝐜𝐞 𝐖𝐚𝐲𝐧𝐞Onde histórias criam vida. Descubra agora