𝐂𝐀𝐏𝐈́𝐓𝐔𝐋𝐎 𝟏𝟗 • Shoreline

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A TORRE DE VIGILÂNCIA dava vista para toda Gotham

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A TORRE DE VIGILÂNCIA dava vista para toda Gotham. Era o lugar oficial dele se encontrar com Gordon toda vez que o símbolo do morcego aparecesse no céu. Já fazia dois anos que era daquela maneira, o único meio de chamar um ao outro.

O vigilante encarava a movimentação abaixo na rua, mas ouviu o barulho das portas do velho elevador sendo abertas. Ele se virou minimamente, mas a voz grave do detetive foi mais rápida:

— Podia ter maneirado no soco — reclamou, passando a mão sobre o hematoma que estava formado na pele.

— Eu maneirei — afirmou, a voz rouca.

— Seja lá onde esteve nos últimos dias, mas o Bock lançou um alerta sobre você — avisou. — Acha que ele está metido nisso?

— Eu não confio em nenhum deles. E você?

Gordon bufou, a resposta era óbvia.

— Só confio em você — disse com convicção.

— O que um policial da narcóticos faz com gente do Falcone?

— Colson disse que "policiais protegem o rato" — lembrou Gordon. — Kenzie pode ser um.

— Acha que o Pinguim seria o rato?

— A boate dele recebe a máfia — argumentou. — Maroni praticamente morava lá. Pinguim estava a par de muita sujeira, e o promotor vivia lá. Vai ver o Pinguim estava em apuros e um acordo era a única saída.

Rata alada — sibilou o vigilante. — A última do Charada, o código do labirinto. Significa "rato com asas", como um pombo-correio.

Gordon olhou para o horizonte, processando as informações como se fosse uma teia. Faria sentido sua teoria, mas havia muitos pontos que não se encaixavam.

— Pinguins também têm asas — concordou. — Mas isso não explica as cartas do Charada para a Rainha. Dizem que todos tem medo dela, poderia ser por isso que o Colson não entregou o nome? Com medo dela ou do Falcone?

— O Pinguim sabe quem ela é, parece ser uma figura pública de Gotham — disse o vigilante, profundo. — Preciso ter outra conversa com ele.

— E o Charada? — perguntou Gordon. — Vai matar de novo.

— Está tudo ligado — declarou. — Gostemos ou não, é o jogo dele agora. Para encontrar o Charada, temos que encontrar o rato.





HARLOW NÃO ESTAVA tendo um bom dia, na verdade ele estava sendo péssimo. Ela acordou se sentindo horrível, com uma monstruosa dor de cabeça e a náusea que até agora não havia parado. Ela se sentia fraca e indisposta, mas isso não a parou.

Era arriscado ser vista aquela hora entrando no Iceberg Lounge, alguém poderia tê-la seguido até ali, algum jornalista talvez. Entretanto, a mensagem que Oz enviara parecia ser urgente. Ela havia pegado um táxi até ali. Não se sentia em condições de dirigir e nem pediria a Alfred para levá-la de carro.

Killer Queen ♦︎ 𝐁𝐫𝐮𝐜𝐞 𝐖𝐚𝐲𝐧𝐞Onde histórias criam vida. Descubra agora