𝐂𝐀𝐏𝐈́𝐓𝐔𝐋𝐎 𝟏𝟏 • O rato

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O NECROTÉRIO era um lugar com uma energia horrível

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O NECROTÉRIO era um lugar com uma energia horrível. Por mais que estivesse acostumado com as cenas de crimes e assassinatos perturbadoras de Gotham, Gordon odiava aquele lugar em particular. Era uma energia tão pesada e macabra que chegava arrepiar todos os pelos do seu corpo.

Ele abriu a porta da geladeira de conservação de corpos, puxando o cadáver do comissário. Gordon conteve uma careta de nojo, não querendo parecer um fraco com o vigilante ao seu lado. Com certo receio, ele puxou o pano branco que o cobria, revelando o estado deplorável em que fora deixado.

— O assassino ficou esperando na academia — disse ele, enrugando o nariz. — Pete gostava de malhar tarde da noite, quando não havia ninguém por perto.

— Marca de agulha no pescoço — observou o vigilante.

— Injetou arsênico nele — concordou.

— Veneno de rato.

— Essa parece ser a temática dele.

Gordon gesticulou para o aparato em forma de gaiola que fora usado para tortura o comissário. Era um aparelho esquisito, com andares e paredes de acrílico, onde os ratos circularam. Com a mão, ele pediu para que a figura sombria que o acompanhava chegasse mais perto para vê-lo.

— É um labirinto — concluiu.

O vigilante tirou do bolso uma lanterna com luz florescente, iluminando lentamente as peças de acrílico e revelando certos desenhos, formando um certo padrão. No centro, novamente o ponto de interrogação do suposto Charada.

— Que filho da puta demente faz isso com uma pessoa? — sibilou Gordon, horrorizado.

— Mais símbolos — apontou. — Outro código?

— Ele espalhou isso depois que a mensagem viralizou — explicou o detetive, revirando certas fotos comprometedoras do comissário.

— Esse cara vende gota no East End — avisou o vigilante.

— Não entendo. Por que Pete se meteria em algo assim?

— Pelo visto, por ganância.

Gordon congelou, se exaltando:

— Está de sacanagem? Depois de tudo que fizemos para pegar os Maronis? — lembrou. — Desbaratamos a operação, aí ele se rendeu a um traficantezinho?

— Talvez ele não seja quem você pensava.

— Você faz parecer que ele mereceu — acusou Gordon.

Em primeiro instante, o vigilante não respondeu, desviando o olhar para o labirinto de ratos.

— Ele era policial. E passou dos limites.

Achando o que procurava, com a mão enluvada, ele apertou um botão secreto na base do labirinto. Uma espécie de gaveta pulou para fora no mesmo segundo. Desconfiado, ele puxou os dois envelopes. O primeiro — PARA O BATMAN.

Killer Queen ♦︎ 𝐁𝐫𝐮𝐜𝐞 𝐖𝐚𝐲𝐧𝐞Onde histórias criam vida. Descubra agora