O NECROTÉRIO era um lugar com uma energia horrível. Por mais que estivesse acostumado com as cenas de crimes e assassinatos perturbadoras de Gotham, Gordon odiava aquele lugar em particular. Era uma energia tão pesada e macabra que chegava arrepiar todos os pelos do seu corpo.
Ele abriu a porta da geladeira de conservação de corpos, puxando o cadáver do comissário. Gordon conteve uma careta de nojo, não querendo parecer um fraco com o vigilante ao seu lado. Com certo receio, ele puxou o pano branco que o cobria, revelando o estado deplorável em que fora deixado.
— O assassino ficou esperando na academia — disse ele, enrugando o nariz. — Pete gostava de malhar tarde da noite, quando não havia ninguém por perto.
— Marca de agulha no pescoço — observou o vigilante.
— Injetou arsênico nele — concordou.
— Veneno de rato.
— Essa parece ser a temática dele.
Gordon gesticulou para o aparato em forma de gaiola que fora usado para tortura o comissário. Era um aparelho esquisito, com andares e paredes de acrílico, onde os ratos circularam. Com a mão, ele pediu para que a figura sombria que o acompanhava chegasse mais perto para vê-lo.
— É um labirinto — concluiu.
O vigilante tirou do bolso uma lanterna com luz florescente, iluminando lentamente as peças de acrílico e revelando certos desenhos, formando um certo padrão. No centro, novamente o ponto de interrogação do suposto Charada.
— Que filho da puta demente faz isso com uma pessoa? — sibilou Gordon, horrorizado.
— Mais símbolos — apontou. — Outro código?
— Ele espalhou isso depois que a mensagem viralizou — explicou o detetive, revirando certas fotos comprometedoras do comissário.
— Esse cara vende gota no East End — avisou o vigilante.
— Não entendo. Por que Pete se meteria em algo assim?
— Pelo visto, por ganância.
Gordon congelou, se exaltando:
— Está de sacanagem? Depois de tudo que fizemos para pegar os Maronis? — lembrou. — Desbaratamos a operação, aí ele se rendeu a um traficantezinho?
— Talvez ele não seja quem você pensava.
— Você faz parecer que ele mereceu — acusou Gordon.
Em primeiro instante, o vigilante não respondeu, desviando o olhar para o labirinto de ratos.
— Ele era policial. E passou dos limites.
Achando o que procurava, com a mão enluvada, ele apertou um botão secreto na base do labirinto. Uma espécie de gaveta pulou para fora no mesmo segundo. Desconfiado, ele puxou os dois envelopes. O primeiro — PARA O BATMAN.
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Killer Queen ♦︎ 𝐁𝐫𝐮𝐜𝐞 𝐖𝐚𝐲𝐧𝐞
أدب الهواةÉ noite de Halloween e o prefeito de Gotham acabou de ser assassinado por um novo serial-killer que está desmascarando as mentiras da cidade. Já faz dois anos desde que o vigilante noturno apareceu, se escondendo nas sombras e atacando quando não es...