𝐂𝐀𝐏𝐈́𝐓𝐔𝐋𝐎 𝟏 • Dia das bruxas

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PARECIA NUNCA parar de chover em Gotham

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PARECIA NUNCA parar de chover em Gotham. Pelo menos a temperatura fria tornava a umidade suportável. Ela como nadar para sempre em um grande lago onde animais carnívoros estavam a espreita para dar o bote em sua vítima.

Aquela cidade não era um lugar feliz e seguro para morar, principalmente com a monstruoso crescimento da criminalidade. Sair de casa era um perigo. Ladrões se escondiam em cada beco sombrio da metrópole, assustando as pessoas e aumentando as ondas de terror que os fazia fugir.

Era surpreendente como a polícia não parecia se importar com o que estava acontecendo, mas Harlow sabia bem o motivo por trás daquilo. Ainda, com as eleições se aproximando, ela não sabia o que era pior — uma mulher que sonhava demais com uma cidade já afundada ou um homem machista que possivelmente comprometeria todas as operações realizadas nas partes sombria de Gotham.

Sentada na mesa da toda poderosa chefe da Wayne Enterprises, lá estava ela, encarando a tela a sua frente onde ouvia o debate político entre os dois novos candidatos a prefeito. Ela revirou os olhos repetidas vezes, cansada. Aquela não era a vida que ela queria, nunca foi.

Ser a mente por trás de todas as empresas Wayne não deveria ser o seu trabalho, mas tudo mudou depois dos últimos dois anos que a assombram desde o momento que acorda até quando vai dormir. Dois anos vivendo no inferno, sem saber o que mudou por trás dos olhos daquele que jurou amá-la, mas o mesmo que a crucificou àquela posição.

Harlow ouviu as leves batidas na porta, sibilando para que a pessoa entrasse. Ela esticou o pescoço, estalando-o devido a tensão em seus ombros que estavam originando a uma longa e dolorida dor de cabeça.

— Senhora Griffin — começou a garota que parecia um pouco desconfortável. — A recepção ligou e informou que há uma jornalista exigindo uma exclusiva.

— Já disse que pode me chamar pelo primeiro nome, Kate — disse Harlow, deixando seu olhar ser desviado para a garota ruiva parada em frente a sua mesa. — Somos praticamente da mesma família.

— Sei que posso — concordou, incerta. — Mas não seria estranho? Digo, é estranho. Você e o meu primo já estão juntos há seis anos, o que é muito tempo, mas ainda é a chefe da Wayne Enterprises.

Harlow levantou a mão, um pedido silencioso para que ela parasse de tagarelar coisas sem sentido. Ela tinha que admitir, estar com alguém há seis anos deveria ter um grande peso, principalmente com alguém como o herdeiro daquilo tudo — um herdeiro que se recusava a tomar seu lugar de direito.

— A jornalista lá em baixo — repetiu Harlow. — Deixe-me adivinhar: Vicki Vale?

— Já é a terceira semana que ela insiste em uma exclusiva com você e Bruce — explica Kate. — Não é melhor apenas responder suas perguntas de uma vez? Ou prefere que eu chame a segurança para tirá-la do prédio novamente?

Killer Queen ♦︎ 𝐁𝐫𝐮𝐜𝐞 𝐖𝐚𝐲𝐧𝐞Onde histórias criam vida. Descubra agora