Killer Queen ♦︎ 𝐁𝐫𝐮𝐜𝐞 𝐖𝐚𝐲𝐧𝐞

𝐂𝐀𝐏𝐈́𝐓𝐔𝐋𝐎 𝟏𝟕 • Guerra

— DEVO SAIR para comprar vitaminas? — perguntou Alfred, sem olhar para Harlow.

— Não sei do que está falando — afirmou ela.

Bruce ainda não havia retornado da Prefeitura, mas eles estavam cientes de que a bomba no pescoço de Gil Conson havia explodido. Alfred esperava que ele fosse retornar logo mais, mas já haviam passado horas sem sinal dele.

A explosão, aparentemente, danificou alguns componentes do traje do vigilante, tendo danificado o GPS nesse acoplado. Todo aquele desastre aconteceu porque Colson não quis entregar o nome do rato infiltrado na Polícia de Gotham. Essa suposta pessoa valia tanto assim? Harlow sabia que não, mas o conhecia suficiente para saber que se Gil não morresse pelo Charada, morreria pelas mãos do rato.

— Não me tome por tolo, senhorita Griffin — pediu Alfred, não soando ofendido. — Sei entender um exame médico muito bem. Precisa contar para ele, sabe disso, não é mesmo?

— Como espera que eu faça isso? — perguntou de volta, suspirando. — Não consigo nem imaginar a reação que Bruce teria, Alfred.

Eles estavam na caverna subterrânea. Alfred havia preparado chá para os dois enquanto aguardavam o retorno de Bruce. Harlow estava digitando freneticamente em um teclado conectado a vários monitores, tentando recuperar o acesso ao localizador.

— Foi planejado?

— Óbvio que não foi — respondeu, exasperada. — Eu nem sei como isso foi acontecer. Caramba, nós não agimos como um casal há anos. E, de repente, essa droga acontece.

— Não fale dessa forma — mandou Alfred, sério. — Não é o fim do mundo. Como disse, não são um casal há tempo, então essa talvez seja a chance para se unirem novamente.

Harlow soltou um sorriso que mais parecia um choro. Ela parou de digitar, levando a mão aos olhos para retirar as lágrimas que corriam pela sua pele de porcelana. Ela estava agoniada, aterrorizada com a coisa que crescia dentro dela.

— Eu nunca quis isso, Alfred. Nunca quis essa vida — disse ela, com convicção. — Gotham não é uma cidade para se criar uma criança. Caramba, seria a droga de um herdeiro Wayne! Ele literalmente nasceria com um alvo na cabeça.

— Sabe que Bruce te protegeria.

— Se ele descobrir a verdade, ele vai me querer morta.

Alfred pousou a mão gentilmente em cima da de Harlow. Eles podiam não ser tão próximos, mas ele tinha certo carinho pela pobre garota que ele vira desistir do seu sonho pelo menino que ele cuidou desde que nasceu. Ver Harlow em tanto desespero machucava seu coração.

— Sabe que ele nunca desejaria isso — disse ele, a assegurando. — Bruce merece saber a verdade.

— Eu sei disso — afirmou ela. — Mas não posso falar para ele sobre isso agora. Não com tudo o que está acontecendo.

— O rato que ele está procurando — sibilou Alfred. — Já sabe quem ele é, não sabe?

Harlow engoliu em seco, mas assentiu minimamente, o que não passou despercebido pelo mordomo. Ele não insistiu, e nem ela fez menção de continuar.

Então, ela se levantou da banqueta, piscando os olhos repetidas vezes para afastar as lágrimas e conseguir ver com clareza a informação que terminara de carregar no computador. Com um mapa da cidade aberto, um ponto vermelho luminoso piscava. Ela aprofundou a construção, puxando o exato endereço.

— Ele está no prédio do Departamento de Polícia — anunciou ela. — Mas está imóvel há muito tempo.

— Acha que ele está em apuros?

— A bomba explodiu perto dele — deu de ombros. — Então, cortaram a transmissão.

— Vá atrás dele, se assim deseja.

Alfred levantou uma das mãos, balançando um par de chaves que Harlow reconheceu instantaneamente. Ela agradeceu, fechando seu casaco e caminhando até o automóvel do vigilante que tão raramente era usado. Fazia poucos dias desde que Bruce terminara de concertá-lo, mas ele ainda precisava ser testado mesmo que não fosse com sua potência total.

Harlow estudara os mapas da cidade, os sistemas de trânsito... Era impossível sair pela cidade, mesmo de noite, com aquele carro. Por isso, o sistema de GPS acoplado calculava as rotas vazias e abandonadas, até mesmo fechadas e isoladas ao redor de Gotham.

Entrar nele era certamente complicado, já que as portas não abriam. Se apoiando, ela passou as pernas para dentro primeiro, mas foi impedida de entrar totalmente pela voz de Alfred e sutis passos que ele deu em direção a ela.

— Nunca entendi algo — comentou ele. — Se nunca quis esta vida, como chegou nela?

— Eu estava com raiva do Bruce porque eu achava que ele me via como uma garotinha fraca e indefesa — respondeu Harlow, um tom de tristeza e solidão em sua vez. — Então, uma coisa levou a outra, e eu descobri algo que não deveria.

Harlow buscou os olhos de Alfred, alívio correndo em suas veias ao não ver mágoa ou raiva neles.

— Colson disse que não foi capaz de enfrentar o rato de frente — lembrou. — O que ele quis dizer?

— Que eu fui ingênua e idiota, Alfred. Achei que conseguiria impedi-lo com as coisas que descobri, mas eu estava errada. Só nunca imaginei que começaria uma guerra, e nem que ele viria atrás de mim.

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10.07.22

𝐍𝐎𝐓𝐀𝐒 𝐅𝐈𝐍𝐀𝐈𝐒:

Eu posso ter falado que a próxima atualização seria só terça que vem, mas cá estou eu! Não por alguma comemoração de visualizações, mas porque há duas novas obras disponíveis no meu perfil!!! Para os fãs de Top Gun Maverick, apresento a vocês Supernova [Rooster] no meu perfil e Love Above the Clouds [Hangman] disponível no perfil da Donatumblr

Este aqui está sendo o final de semana mais corrido que eu já tive! Motivo: estou finalizando Killer Queen. Ontem escrevi mais de 10 capítulo, e hoje já estou nos finalmente... Preparando tudo para o spin-off da Harlow e o próximo livro da série GOTHAM, Mad City.

Agora, aqui vem uma pergunta importante:
Jason Todd ou Damian Wayne?
O próximo livro será sobre um deles, mas eu sei que talvez vocês sintam falta da Harlow e do Bruce, então eu também estou planejando algo... Se vocês estiverem interessados, quem sabe eu conte mais um pouquinho...

Lembrando que, como eu prometi, o capítulo 17 sairia junto do 18 que vem daqui a pouco. Então, fiquem de olho!

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