NA PRIMEIRA VEZ em que Harlow liderou uma reunião corporativa ela lembra de como sua pressão caiu, da sensação de medo e desespero, o suor frio brotando em sua testa. Foi uma experiência horrível. Entretanto, aquela reunião foi o começo de tudo.
Não tinha ninguém para ajudá-la, seu pai dizia que ela deveria aprender sozinha, nem Bruce estava presente naquele dia. Mesmo assim, ela a liderou com maestria, e assim cresceu sua reputação de nova chefe das Empresas Wayne, que ela seria a nova figura que representaria todos eles.
As salas de conferência e reunião se tornaram suas zonas seguras, os únicos locais onde ela sabia que sempre estaria no comando e ninguém tiraria aquilo dela. Mas agora, sentada na enorme mesa redonda na cobertura que chamava de casa, ela se sentia como aquela menina de anos alguns anos atrás — apavorada.
Sentados ao seu lado, estavam Kate e Bruce, com Alfred na cadeira seguinte. Em frente a eles, os dois contadores majoritários estavam organizando os papéis com as pautas e documentos que cobririam. Kate estava com um lápis em mão, pronta para anotar tudo o que Harlow falasse, mas em nenhum momento comentar sobre o que sua chefe decidia.
— Podemos dar início? — pediu Harlow, inquieta. — Acredito que todos tenhamos mais assuntos a tratar ainda hoje.
Bruce levou a xícara de café amargo aos lábios, bebericando o líquido quente enquanto pensava. Era assim que Harlow agia todos os dias? Direto ao ponto? Tão fria e tão esperta que calculava cada passo que dava? O que mais o assombrava era a ideia de que ele fora quem a transformou naquela forma.
— É claro, senhorita Griffin — concordou Johnson, um dos contadores. — Estimamos a fortuna do senhor Wayne em um valor próximo à cem bilhões de dólares.
— Perdão, estamos falando do valor pessoal? — questionou ela, se localizando. — Ativos de alta liquidez?
— Ações das Empresas Wayne — corrigiu Williams, o outro contador. — O senhor Fox ainda se juntará a nós?
— O senhor Fox não pode comparecer devido uma emergência familiar, temo dizer — disse Alfred, analisando o comportamento quieto de Bruce.
Williams assentiu, limpando a garganta ao arrumar alguns papéis soltos.
— Estamos sendo alvos de especulações envolvendo fraudes bancárias — continuou Johnson, tremendo levemente ao sentir o olhar fumegante de Harlow nele. — Há certos gastos não congruentes nas folhas de pagamento e despesas.
Harlow quase saltou da cadeira ao sentir a mão congelante de Bruce em sua perna por debaixo da mesa. Ela tentou empurrá-lo dali, mas não conseguiu, o aperto somente aumentando. Ela queria amaldiçoá-lo, sabendo bem de onde os gastos estavam saindo. Devido as atividades noturnas do Batman, muito investimento teve que ser feito, fosse nos trajes, sistemas operacionais e tecnologia, o tumbler e outros veículos.
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Killer Queen ♦︎ 𝐁𝐫𝐮𝐜𝐞 𝐖𝐚𝐲𝐧𝐞
FanficÉ noite de Halloween e o prefeito de Gotham acabou de ser assassinado por um novo serial-killer que está desmascarando as mentiras da cidade. Já faz dois anos desde que o vigilante noturno apareceu, se escondendo nas sombras e atacando quando não es...