𝐂𝐀𝐏𝐈́𝐓𝐔𝐋𝐎 𝟒 • Harlow

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AS NOITES acabavam se misturando num turbilhão atrás da máscara do vigilante

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AS NOITES acabavam se misturando num turbilhão atrás da máscara do vigilante. As vezes, de manhã, Bruce precisava se esforçar para lembrar de tudo o que aconteceu durante a noite e madrugada. Seu corpo ardia de dor e seus olhos lutavam para não fechar, mas ele ainda estava movimento pelo costume de assistir tudo o que as lentes de contatos gravaram e anotar palavra por palavra os diários que mantinha registro dos meses e dos anos.

Estavam se tornando cansativo e obsessivos, mas ele precisava continuar não só por ele, mas também por Alfred, por seus pais, por Gotham, e por Harlow, a que um dia prometeu o mundo. Bruce sabia bem o quão egoísta era por deixar tudo o que era responsabilidade dele nos ombros dela.

De manhã, ele costumava lutar contra o sono, só para ouvir os sons de Harlow pelo corredor, então pelas escadas, até o elevador apitar, para se certificar de que ela ainda estava ali e não tinha desistido dele... Mas e se ela tivesse e só estivesse fazendo aquilo porque voltar para a casa dos pais era pior? Essa era uma das dúvidas constantes que Bruce tinha.

Ele podia não estar no mesmo cômodo que ela, mas ainda tinha acesso a todas as câmera espalhadas pela Torre Wayne. Era um hábito horrível, mas ele costumava ver Harlow pela câmera do escritório dela apenas para que conseguisse dormir algumas horas em paz sabendo que ela ainda estava ali. Entretanto, ele costumava se amaldiçoar quando a via tirar comprimidos para dor na primeira gaveta de sua mesa e engoli-los, massagear as têmporas ou o pescoço que a matavam de dor.

Harlow havia praticamente desistido da antiga vida para ficar com ele, havia desistido de seus maiores sonhos para ajudá-lo. Ele tinha noção do quão dura era para Harlow lidar com as Empresas Wayne e a mídia, principalmente com as matérias semanais que caíam matando em cima dele com falsas acusações, boatos e provas inventadas de que o noivado dela e do Príncipe de Gotham havia chegado ao fim antes mesmo de acontecer.

O noivado deles era algo que Bruce não tinha tocado no assunto há mais de dois anos. Focado no Batman e em vingar Gotham, ele não havia parado para pensar se ainda realmente se casariam, nem mesmo sabia se estavam juntos ou se seu relacionamento ainda tinha esperança. Agora, vendo Harlow ali dormindo no sofá onde ele tinha passado tantas noites, lhe dava uma pontada de esperança.

Na tela dos monitores, assim que chegou à imagem com a mensagem para o Batman, ele inverteu a imagem, imprimindo-a no instante em que a velha porta do elevador estalou pelo enorme espaço que um dia teria sido o projeto de uma estação de trem.

— Imagino que já tenha ouvido o jornal — disse Alfred, chamando a atenção de Bruce.

Rapidamente, ele virou-se para Alfred, um dedo em frente aos lábios, pedindo para falar mais baixo e em seguida apontando para o corpo feminino encolhido no sofá. Seus dedos foram hábeis em abrir o ziper do próprio casaco e removê-lo, andando rapidamente e o colocando sobre os ombros de Harlow que levemente tremiam com o frio dali de baixo.

Killer Queen ♦︎ 𝐁𝐫𝐮𝐜𝐞 𝐖𝐚𝐲𝐧𝐞Onde histórias criam vida. Descubra agora