É noite de Halloween e o prefeito de Gotham acabou de ser assassinado por um novo serial-killer que está desmascarando as mentiras da cidade.
Já faz dois anos desde que o vigilante noturno apareceu, se escondendo nas sombras e atacando quando não es...
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HARLOW ESTAVA inteiramente dolorida. Tudo em seu corpo latejava de dor — seus braços, pernas, seu pescoço principalmente. Seus olhos então... A dor neles era tão grande que não aguentava nem a luz do celular.
Na última semana, ela encarou tantos problemas na Empresa Wayne que achou que nunca conseguiria sair do escritório. Primeiro, acionistas que reclamavam dos valores de participação sendo que só tinham uma ação, o que nunca lhes traria um valor mais alto. Depois tinha Vicki Vale novamente lhe irritando e exigindo uma exclusiva. Kate deveria ser a única pessoa em quem ela era grata de ver naquele dias infernais, e que conseguia fazer algo para ajudá-la em setores específicos.
Mas uma semana mal se alimentando e dormindo exigiam um grande preço de seu corpo e saúde. Fora os constantes pensamentos que a assombravam desde quando Alfred a encurralou em seu próprio escritório.
Em momento algum ela afirmou algo, mas sabia que ele não acreditava nela e provavelmente já tinha a resposta que fingia buscar. Entretanto, Alfred não insistiu, apenas disse palavras que a atingiram duramente: "casamentos acabam com segredos, Harlow".
Já era perto da meia-noite e Harlow tinha acabado de chegar na cobertura. Ela praticamente se arrastou pelas escadas até seu quarto, onde jogou a bolsa em cima da cama e o casaco na cadeira da escrivaninha. Ela prendeu o cabelo em um coque bagunçado, apenas para não molhá-lo. Rapidamente encheu a banheira, jogando sais de banho aromatizados e que ajudariam com suas dores.
Harlow jogou as roupas num canto do banheiro, logo entrando na banheira cheia e sendo acolhida pelo calor da água e a espuma branca dos sais. Ela jogou a cabeça para trás, respirando fundo e deixando ser levada pela escuridão do banheiro, apenas algumas velas acesas que emanavam o aroma de baunilha.
De repente, ela sentiu mãos firmes apertarem músculos tensos em seus ombros e costas. Harlow primeiramente se assustou, fazendo menção de afastar, mas as mesmas mãos fortes a mantiveram no lugar. Seu corpo todo se arrepiou, calafrios percorreram seus costas nuas quando ouviu a baixa e rouca voz perto de seu pescoço:
— Sou eu — sibilou Bruce, voltando a massageá-la. — Preciso de informações.
— Não saiu para vigilar Gotham hoje? — perguntou ela, ligeiramente surpresa. — Isso é novo.
— Estava esperando você chegar — revelou. — Não te vi a semana toda.
— Eu praticamente te vejo durante o mês — resmungou ela de volta. — As Empresas Wayne estão tendo problemas internos. Nada grave, mas me consome muito tempo. Sem falar nas subdivisões...
— Alfred me disse do seu interesse nos Laboratórios Van Criss.
Harlow suspirou. Ela nunca diria em voz alta, mas o toque de Bruce em seu corpo era uma das coisas que ela mais sentia falta.
— Sempre soube do meu interesse nele — lembrou ela. — Nada de chocante nisso. Disse que precisa de informações, o que quer saber?
Bruce desceu as mãos pelos braços dela, os acariciando e observando as reações do corpo de Harlow. Desde que entrou em seu quarto, seu banheiro sem ser convidado, ela não o repreendeu e nem o mandou sair, o que ele estava levando como um começo para reconstruir o que tinham antes.
