𝐂𝐀𝐏𝐈́𝐓𝐔𝐋𝐎 𝟏𝟓 • Harley Quinzel

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HARLOW ODIAVA hospitais

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HARLOW ODIAVA hospitais. Na verdade, ela os odiava quando ela era a paciente. Anos atrás, ela mal podia esperar para trabalhar num deles, usar o jaleco branco pelos corredores e salvar vidas. Era diferente estar ali como paciente, mais agonizante.

Sentada na maca, ela estava esperando pacientemente a enfermeira terminar de suturar seu braço que fora cortado no incidente na prefeitura de Gotham. Harlow, pelo menos, estava feliz em não ter precisado colocar aqueles aventais hospitalares. Além disso, ela estava grata de poder estra em um quarto privativo, longe da sala de emergência, onde todos podiam reconhecê-la.

Ela não se importava em ser reconhecida, contanto que não fosse por paparazzi ou repórteres. Mas nas circunstâncias em que ela estava, ela não queria ter que conversar com ninguém. Seu outro braço estava ligado ao soro, mas sua teimosia a fizera ser espetada várias vezes. O motivo? Harlow não largava seu celular, não quando atualizava os jornais a cada minuto para saber se houve alguma notícia de dentro da Prefeitura de Gotham.

Finalmente, ela sentiu o último ponto se finalizado, então coberto por um curativo. Ela agradeceu rapidamente a enfermeira, vendo-a recolher todos os objetos utilizados e sair do quarto. Entretanto, na porta dele, uma outra doutora a observava. Olhando para o corredor atrás dela, garantindo que ninguém estava por perto, a doutora entrou rapidamente no quarto, trancando a porta.

— Que merda você fez, Griffin? — exclamou ela, retirando os óculos e o colocando na cabeça.

— Eu caí e cortei o braço, Quinzel — respondeu ela. — Tira o acesso do meu braço?

— O soro já está acabando — negou o pedido. — Estava levemente desidratada, então ele vai ter que ficar.

Harlow jogou a cabeça para trás, bufando.

— Quando me ligou pedindo um exame de sangue, eu tenho que dizer que achava que você tinha usado drogas — comentou, pousando a ficha médica na maca. — Eu sou psiquiatra, não ginecologista. Eu tive que roubar a sua ficha da mesa lá na frente.

— Onde estão os resultados?

Sem esperar, Harlow pegou sua ficha, percebendo uma fina pasta atrás dela. Curiosidade a tomou, fazendo com que ela abrisse o objeto de plástico azulado e correndo os olhos pelas anotações. Harley tentou tomar a pasta a mais de suas mãos, mas era tarde demais.

— Jack Napier — leu, sem entender. — Vai pedir transferência para o Arkham?

— Bem que eu queria — suspirou a doutora, ajeitando o jaleco. — Roubei a ficha dele quando estavam fazendo a manutenção nos sistemas para interligar os prontuários do Asilo com o do hospital.

— Eu não iria para lá, se eu estivesse no seu lugar — comentou Harlow, dando de ombros. — Só tem os malucos dos malucos. Não teve uma reportagem sobre os psiquiatras do Arkham terem sido internados porque enlouqueceram tratando os pacientes?

Harley arrancou a pasta das mãos dela com certa violência. Harlow revirou os olhos, abrindo sua própria ficha e procurando pelo resultado do seu exame de sangue. Quando o achou, ela releu-o várias vezes seguidas, sem acreditar no que estava escrito ali.

Observando-a na ponta da maca, Harley estava tentando acalmar seu coração de ansiedade, respirando fundo e se preparando para o estouro de raiva eminente. Ela ainda se lembrava dos anos na faculdade de medicina, onde estudaram e fizeram inúmeros trabalhos juntas. Podiam ter passado anos, mas Harlow nunca perdeu certos hábitos comportamentais. Ela sempre fora explosiva, contanto que tivesse o estímulo certo.

— Peça para refazerem o exame — mandou Harlow, fechando a ficha. — Devem ter interpretado errado, ou trocado meus resultados com o que outra pessoa.

— Eles já refizeram, Harlow — disse delicadamente. — Testaram cada umas das oito ampolas que tiraram.

— Então, não sei — bufou. — Peça uma segunda opinião.

— Não é uma doença para eu pedir uma segunda opinião — sibilou, inquieta. — O exame de sangue não mente.

As mãos de Harlow tremiam. Com medo do acesso sair do lugar e rasgar sua veia, Harley rapidamente o removeu, pressionando uma gaze para que o sangue coagulasse. Lágrimas de dor escorriam pela pele de porcelana de Harlow.

Seu coração estava batendo muito rápido, pontadas atingindo-a da mais aguda e estrondosa forma. Aquilo não podia estar acontecendo. Todos esses anos, ela tomou o maior dos cuidados para que aquele pesadelo não se tornasse real.

Ela balançava a cabeça sem parar, se recusando a acreditar nos resultados. Deixando a ética de lado, Harley passou os braços pelos ombros trêmulos de sua única e melhor amiga, tentando confortá-la da melhor maneira possível.

— Não é o fim do mundo, Harlow — subilou ela, tentando soar confiante. — O problema é o Bruce?

— O problema é que isso vai destruir tudo o que eu me sacrifiquei para criar — respondeu Harlow, sem conseguir respirar direito por causa dos soluços de choro.

— Nós duas estudamos juntas, sabe exatamente o que pode ser feito, se assim quiser.

— Acha que isso me tornaria uma assassina?

Leves batidas na porta foram ouvidas. Pelo pequeno vidro, Harlow virou-se rapidamente, vendo que era Alfred. Bruce tinha ligado para ele ir ao encontro dela, mas isso já fazia algumas horas. Parando para pensar, ela estava grata por ele ter demorado. Não aguentaria se ele tivesse ouvido aquela conversa entra as duas.

Harley sabia que, a essa altura, a alta de Harlow já estava assinada, então ela precisaria ir embora logo. Entretanto, ela temia pelo emocional de sua amiga. Harlow era durona, sempre foi, mas algo como aquilo... Ela entendia a reação desesperada e amedrontada dela.

— Acho que isso mostra que você tem poder sobre si mesma — sussurrou Harley para que só ela ouvisse. — E não só sobre Gotham.


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05.07.22

𝐍𝐎𝐓𝐀𝐒 𝐅𝐈𝐍𝐀𝐈𝐒:

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𝐍𝐎𝐓𝐀𝐒 𝐅𝐈𝐍𝐀𝐈𝐒:

Gostaram desse capítulo com a aparição da nossa belíssima Dra. Quinzel? Fiquem sabendo que eu tenho grandes planos para a Harlow e a Harley juntas...

Me desculpem por estar atualizando só agora, já que eu geralmente atualizo todas as obras de manhã. Estou resolvendo uma série de problemas que estão me dando dor de cabeça e noites mal dormidas!

Aliás, alguém aqui já foi ou vai na Bienal 2022?
Eu fui ontem! Preciso dizer que ela está maravilhosa, cheia de coisas bacanas, muito instagramavel... Aproveitem porque eu consegui trazer muitos livros e brindes que eles distribuíram pelos estandes!

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Killer Queen ♦︎ 𝐁𝐫𝐮𝐜𝐞 𝐖𝐚𝐲𝐧𝐞Onde histórias criam vida. Descubra agora