Rude Ashley

5

Ashley Willian

Droga, não consigo tirar da minha mente o que aconteceu ontem no banheiro. Poderia ter tanto um nos quartos, por que esse colégio foi inventar de ter fora deles? Eun-ji está há mais tempo aqui, ela pode me responder se existem garotos que atravessam para o nosso lado e entram pela janela.

Eu fico no quinto andar, porém, tem uma árvore e canos do lado de fora que ajuda para subir e entrar pela janela do banheiro. É a única explicação que tenho.

Encaro um caderno na minha frente, e o coloco na mochila. Faço isso com alguns livros, Eun-ji disse que estaria aqui logo. Acordou cedo para se produzir e está até agora no quarto.

Escuto batidinhas na porta do meu armário. Achei que ela demoraria mais para se arrumar com aquele tanto de produto em sua cama.

— Deixa eu te perguntar uma coisa. Os garotos costumam vir para o prédio feminino? — afasto do armário para sair de trás da pequena porta, mas quem eu espero ver, não está na minha frente

— Como assim? — Kaylab vira um pouco sua cabeça, erguendo uma sobrancelha — Tem garotos no prédio feminino? Que eu saiba, todos nós seguimos as regras.

— Ah... Não era você quem eu esperava — fecho meu armário, sorrindo para alguém que veio me ver primeiro — Mas tem algumas pessoas que podem quebrá-las.

— Acho que não... A punição é diferente de outras escolas, por isso que aqui é um colégio interno. A diretora quer fazê-lo ser o melhor da Coreia. Espera, por que estamos conversando sobre isso?

— Você que respondeu uma pergunta que não era sua. — encosto meu corpo de lado nos armários, observando seu rosto confuso — Mas enfim, por que veio me ver? Decidiu me dar uma chance?

— Não! — ele fecha seus olhos e nega com a cabeça rapidamente — Só queria falar que, o que você fez ontem, foi muito errado. Eu nunca beijaria Yuna em um corredor sem câmeras. Por que fez isso? — sua expressão muda, agora ele está irritado, porém, fofo para mim

— Ah, sei lá! — balanço meus ombros — Não gostei da forma que aquela garota olhou pra mim.

— Desculpa por agir grosso ontem, mas você está me fazendo ser assim. Eu realmente não gosto que as... pessoas fiquem me olhando ou seguindo.

— Então é verdade que você tem um trauma? Ouvi rumores sobre isso.

Kaylab abriu sua boca, mas nada saiu dela, nenhuma palavra. Ele suspirou, e passou a mão sobre seus cabelos penteados, arrumando a franja que está em sua testa. Por um tempo ele encarou outro lugar, mas voltou com seus olhos para mim.

Enquanto isso eu apenas observei o tanto que ele é lindo. Hm... Estou iludida por sua beleza?

— Eu não sei o que você ouviu, mas nem toda a história é verdade. Tá, eu sofri, sim, com a minha mãe durante toda a minha infância. Quando nos mudamos para Coreia, ela pirou de vez. Eu só tinha quatro anos quando tudo começou. Desde então eu me sinto horrível em ser tocado por pessoas violentas, ser seguido e brigas. Pode... só respeitar isso? Porque se você tivesse um trauma, com certeza eu respeitaria o seu.

Eu não ouvi toda a história do que as pessoas falam, mas acabou que ele tem um trauma forte mesmo. Acho que peguei um pouco pesado o tocando e perseguindo por aí.