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Ashley Willian

Seguro em seu braço. Com a noite em Seul, Aiko decidiu me levar em uma boate que frequentava desde sua adolescência. Sendo de maior, ele pode entrar sem precisar que vejam sua identidade, e como estou com ele, não precisam ver a minha também.

— Acho que já estou bêbada — digo, sentindo-me zonza — Não deveria ter bebido antes de vir.

— Quer voltar?

— Não! Vamos. Quero me divertir hoje — sorrio para ele

Com seus cabelos grandes até a nuca, e uma franja lisa em sua testa, Aiko com seus olhos bem puxados, sorri para mim. Acho tão fofo os olhos dele sumindo quando sorri.

Ainda não transei com ele. Estávamos colocando o papo em dia que nem percebi o tempo passar.

Aiko para de frente a boate. Cortamos todo mundo. Fiquei meio com medo de levar bronca das pessoas, mas não deu tempo, já estávamos dentro da boate. O bafo ao entrar aqui fez meu corpo suar. A música está alta, e todo mundo dança com a batida.

Sigo Himoto até o bar. Ele pede bebidas, e como não escuto, apenas vou aceitar o que pediu para mim. O copo que fica na minha frente é de cerveja, vou aceitar isso.

Seguro a bebida e puxo Aiko para vir dançar comigo. Fomos para a pista, ele segurou a minha cintura e nos manteve perto.

— Não me deixa beber muito — falo alto em seu ouvido — Se eu voltar bêbada meu pai me mata

— Então nem deveria estar com essa cerveja.

— Ainda não estou bêbada.

Afasto do seu ouvido e recebo seus lábios. Ele se mexe comigo, mesmo beijando minha boca. A sincronia que nossas bocas tem, mata a saudades que eu estava sentindo dela. Suas mãos apertam minha cintura, ele afasta nossos lábios para beijar meu pescoço. Aiko é um cara que consegue me deixar molhada com poucos beijos.

Sinto sua mão em minha bunda, ele aperta quando suga minha pele, fazendo-me sorrir como uma idiota. Abro meus olhos, sem esperar ver um par de olhos me encarando.

Tento ver quem possa ser. Mas naquela região, diante de mim, não há luz suficiente. O olhar intenso sobre meu rosto, arrepia cada parte de mim. Mesmo não enxergando quase nada, consigo ver um pouco do seu rosto franzido, com seu maxilar travado, e um olhar de ódio.

Meu corpo se arrepia. Algo ruim passa por mim. É como se ele... estive com sede de sangue. Kristhen já encarou um dos seguranças da minha avó dessa forma, sei que tipo de olhar é esse.

— Você ouviu?

— O quê? — encaro o rosto de Aiko — Não. O que disse?

— Vou ao banheiro.

— Está bem! Te espero no bar. — falei prestes a sair, mas fui surpreendida com um beijo dele em meus lábios

Aiko me deixa um selinho, e caminha para longe de mim. Volto até o bar, encarando aquele sofá, que não há mais ninguém.

Será que estou bêbada? Não! Deve ser apenas um louco. Tá escuro, nem sei se estava olhando para mim.

Deixo o copo em cima do balcão, encarando a bebida que ainda não tomei. Espero por Aiko. Um tempo se passa, e ele ainda não voltou. Já tocou várias músicas, e nada dele voltar. Será que o banheiro está lotado?

Aiko não demoraria tanto.

— Oi!

Olho para o lado, encarando olhos castanhos em mim. Kaylab sorri, se apoiando no balcão.

Rude AshleyOnde histórias criam vida. Descubra agora