Rude Ashley

48

Kaylab London

— Por que estamos indo embora agora?

— Já é a quinta vez que você pergunta, e será a quinta vez que vou te responder. É porque quero ver o Dean, gata. Preciso falar com ele, entende? — passo de leve a ponta dos meus dedos sobre sua coxa, encarando seu rosto cansado — Está com sono?

— Um pouco. Hoje não foi um dia normal.

— Nenhum dia é normal para a gente. — apoio minha mão em sua perna, movimentando por toda aquela região — Sabe disso.

— Eu tentei te matar e você tentou me matar. Será que isso acontece com as outras pessoas? — ela me olha — E depois ficam como se nada tivesse acontecido?

— Com certeza, não. — sorri para a Ashley, sabendo que eu e ela não batemos bem da cabeça — Mas a gente continua junto porque nos amamos.

— Eu não amo você. — seu rosto se fecha — De onde tirou isso?

— A prova viva, é você grudada comigo agora. Não faz muito tempo que quase acertei sua cabeça com uma barra de ferro. Acha que uma pessoa normal, que não ama a outra, estaria assim com o homem que tentou a matar?

— Estou aqui... porque... — Ashley se calou, olhando para meus olhos enquanto mexe seu queixo — Ah! Por que estamos falando disso? — perguntou irritada — Chega desse assunto, é passado.

— Por que ficou brava?

— Cala essa boca! — ela cruzou seus braços, desviando o olhar irritado para longe do meu — Vou dormir, não me atrapalhe.

A mesma encosta sua cabeça na parede do trem e fecha seus olhos. A observei por muito tempo, como se fosse uma pintura. Sua pele branca e lisa do rosto, com uma expressão relaxada. Ashley até dormindo, inconsciente, fica linda.

Pego meu celular e estendo na sua direção. Não é a primeira foto que tenho dela, mas quanto mais, melhor.

A câmera reflete sua beleza, mas algo me incomodou. No fundo da imagem, tem três garotos. Um deles está olhando para cá. Não é para mim, e sim, para a Ashley que dorme ao meu lado. Deito minha cabeça um pouco para o lado, os olhando sem ser pela câmera.

O garoto que a observa e fala sobre ela para os outros, ergue um celular. Abaixo o meu, sentindo que o mesmo estava tirando foto da Ashley enquanto ela está dormindo.

Ele está olhando para a minha Ashley? Ainda por cima tirando FOTOS!?

Guardo meu celular no bolso e me levanto, indo em direção ao garoto risonho que encara o celular. Abaixo meu olhar, vendo as pernas da minha garota na foto. As pernas que me pertence.

Puxo o celular da sua mão, atraindo rapidamente atenção dos três.

— Ei! — ele ficou de pé — Que merda é essa!?

Encaro a foto com as lindas pernas dela. Ergo meus olhos para ele, para seu olhar pervertido que estava na minha menina. Levanto a mão que está com o celular e bato na lateral da sua testa com força, o derrubando no banco. Seguro seus cabelos e com a ponta do smartphone, acerto seu nariz repentinamente.

Sangue respinga, mas não paro de bater no centro do seu rosto. Quero abrir um buraco e fazê-lo engolir o celular que usou para tirar fotos da minha obra de arte. Sua mandíbula quebrou, consigo ver sua boca aberta com ela mole, como se tivesse fora do lugar.

Solto o celular e começo a bater o rosto dele na lateral do banco. Várias e várias vezes. Me sentia vivo enquanto o matava. Era satisfatório escutar o barulho dos ossos se quebrando, o sangue respingando em todo lugar.